tag:blogger.com,1999:blog-37059289660292325822024-03-13T06:01:27.571-03:00* CRÔNICAS DO LIRISMO IMEDIATO *Reúne as crônicas de temática urbana e cultural do escritor Antonio Cabral Filho.Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.comBlogger61125tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-11708139204118280812019-06-17T19:07:00.001-03:002019-06-17T19:07:02.531-03:00O Ano de 1985 * Antonio Cabral Filho - RJ<div style="background-color: white; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>O Ano de 1985</b></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh1yZlV0SFrXBSYcXPQxYW6b0x9I49wmcDlXg5RcpTNYtnJfzC4xpbFkuGmdJ-7rV-sdNI55apVxjv8d1VKd8H2Xa6P5yk-RA_PazlZp6zspzVXSoG3N9Oefc2Uyry0T1lY6m_iA-t0OQ/s1600/digitalizar0005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="319" data-original-width="400" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh1yZlV0SFrXBSYcXPQxYW6b0x9I49wmcDlXg5RcpTNYtnJfzC4xpbFkuGmdJ-7rV-sdNI55apVxjv8d1VKd8H2Xa6P5yk-RA_PazlZp6zspzVXSoG3N9Oefc2Uyry0T1lY6m_iA-t0OQ/s400/digitalizar0005.jpg" width="400" /></a></div>
<b style="font-size: x-large;">O ano de 1985 eu comecei desempregado. Aí meu sogro, "Seu Manoel", tinha comprado um terreno no Bairro de Santa Izabel, município de São Gonçalo, onde eu morava no Bairro de Lagoinha. Solicitou que me mudasse para lá, pra tomar conta do terreno e ir ajudando beneficiar a propriedade. </b></div>
<div class="m_-5330532399714663031gmail-separator" style="background-color: white; clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="m_-5330532399714663031gmail-separator" style="background-color: white; clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Veja que esse momento aí revela que estávamos trabalhando. Note que o facão está cravado no toco da cerca e ele está com um pé-de-cabra na mão esquerda. Ou seja, estávamos arrumando a cerca. Esse menino à nossa frente é meu filho Edson Luis, aos dois anos, brincando como um passarinho.</b></span></div>
<div class="m_-5330532399714663031gmail-separator" style="background-color: white; clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="m_-5330532399714663031gmail-separator" style="background-color: white; clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Nesse ano eu fui visitar a minha família e levei esposa e filhos para se conhecerem. Viajamos no inicio do ano. Chegando lá em Bom Jesus do Prata, distrito do município mineiro de Frei Inocêncio, as crianças não se deram com a secura e o calor e minha filha Ana Maria contraiu bronquite, o que nos fez sair às pressas para o Rio de Janeiro. E, imaginem, para curá-la com remédio natural receitado por um médico do Posto de Saúde de Santa Izabel, o Doutor Ari: mastruz com leite. Mas durante os dias que passamos com meus familiares, a alegria foi grande, harmonia total entre minha mãe e minha esposa Rose. Quem não perde a lembrança é meu filho Edson, que ficou desesperado ao montar num cavalo.</b></span></div>
<div style="background-color: white; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="background-color: white; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Mas, uma vez em casa, foi cuidar da vida. Tinha em mente criar uma livraria e o fiz. Chamou-se "Espaço Livre" e durou até 1992, quando Collor sobretaxou as importações e o dólar disparou, tornando o mercado livreiro inadimplente, pois o livro é commodite. Fechei-a e voltei a trabalhar de empregado. Durante esse período, comprei a parte do meu sogro num terreno de sociedade com sua filha Rosângela e levantei minha casa. </b></span></div>
<div style="background-color: white; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="background-color: white; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Interessante é que a gente começa a construir uma casa e, praticamente, nunca termina, porque vive inventando coisas, detalhes, melhorando aqui e ali. A casa do Seu Manoel, hoje, parece uma mansão e a que iniciei, vendi em 2003 para mudar-me para Jacarepaguá. E o novo proprietário não pára de melhorar...</b></span></div>
<div style="background-color: white; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="background-color: white; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Mas o que me fez traçar estas maus traçadas linhas foi a minha fisionomia aos 32 anos: desgraça! Pra quê bigode? Ah, me lembro: era para me envelhecer porque eu tinha cara de menino.</b></span></div>
<div style="background-color: white; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="background-color: white; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>***</b></span></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-10836154036178363422018-01-21T00:00:00.000-02:002018-01-23T21:27:53.088-02:00Cururu Ninja - Conto * Antonio Cabral Filho - RJ<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">CURURU NINJA</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE4xlRkD1nIduIvNGUceHg35AKBEp2qrqY3ppvdowdjY2KUiQn2Gcgn2JQBJfCT9rQtwUEvALQweQUJul514wW08ixwMUJ5ER22KvxQpFWY44EJBZ1LNY0mTfDOiaqdTLhzRhRYpLWVOs/s1600/Porta-bombom-Sapo-Cururu-em-Eva-Dareliart-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="180" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE4xlRkD1nIduIvNGUceHg35AKBEp2qrqY3ppvdowdjY2KUiQn2Gcgn2JQBJfCT9rQtwUEvALQweQUJul514wW08ixwMUJ5ER22KvxQpFWY44EJBZ1LNY0mTfDOiaqdTLhzRhRYpLWVOs/s400/Porta-bombom-Sapo-Cururu-em-Eva-Dareliart-2.jpg" width="225" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Após a sesta, como de costume, fui
preparar um lanche. E com umas duas horas de cozimento, meu panelão de aipim
estava pronto. Peguei uma gamela e um pote de manteiga e coloquei-os sobre a
mesa de jantar. Quando ia tirar aipim para pôr numa bacia com o objetivo de
resfriá-lo, ouvi uma pancadaria no meu portão, que é de ferro. Crendo tratar-se
de uma emergência, fui atender correndo. Abri-o olhando para fora em busca de
alguém, enquanto um vento gelado atingia meu lado direito, na altura das
pernas. Não dei importância, preocupado em achar quem teria espancado meu
portão, pois receberia o dobro em troco. Corri os olhos à direita e à esquerda,
inutilmente, ninguém, rua vazia.<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-size: 14.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">- Estou aqui! Ouvi uma voz rouca, vinda
do fundo do corredor para a sala, num
português rascante, típico daqueles fugitivos da guerra de Angola, que chegavam
ao Brasil, sem trouxa nem cadelinha, escrachando com a ditadura de Salazar. Sem
entender nada, olhei, bem devagarzinho, e divisei a figura de um corpo parecido
com o de uma tartaruga, daquele tipo do filme Tartarugas Ninjas, e perguntei
como entrara sem eu lhe ver. Respondeu-me que não tinha tempo para delongas,
que estava em missão e vinha trazer-me um comunicado, mas a sua dicção era tão
truncada, tão rápida, que lembrava os japoneses da segunda guerra mundial,
fugindo aos bombardeios.<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">- Antes de mais nada... Inútil tentar um
entendimento. Ele falava sem parar. Queria confirmar se eu era produtor
gráfico, designer de sites, conhecedor de muitas plataformas...<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">- Antes de mais nada... Insisti em
comunicar-me com “aquilo”, mas o mesmo não parava de falar. Fui em sua direção
e, sem convite nem qualquer formalidade, entrou em minha sala, sentou-se em
minha poltrona de repouso, se espojou de toda forma e falando sem parar. Seus
assuntos giravam em torno de programação visual, edição de textos, imagens,
gestão de conteúdo etc.<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">- Cala a boca ou eu... Continuou falando
e quis saber se eu não teria nada para ele fazer um lanchinho. Único momento em
que pareceu ser sensível. E ao pensar em dirigir-me à cozinha, o troço partiu
pra lá. Quando cheguei, já encontrei-o com as mãos lambuzadas de massa de
aipim, que comia vorazmente. Em menos de três minutos, meu panelão de dez
litros, cheio de aipim para fazer bolinhos, simplesmente desapareceu. <o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">- Vou precisar de sua lista de
contatos... Disse-me quase engasgado com aipim. <o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">- O quê?! Nem morta santa! Respondi aos
gritos e continuei gritando, perguntando-lhe se ele sabia que meu país estava
sofrendo um golpe de Estado, de tipo sui generis, comandado pelo crime
organizado a serviço das principais corporações econômicas mundiais, tendo à
frente os USA, Donald Trump e CIA... mas, ao olhar ao redor, eu estava falando
sozinho, e sai andando encabulado, rumo à porta da sala, que estava aberta.
Olhei para o portão da rua, que estava fechado, e, pensei: eu estou maluco.<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">*<o:p></o:p></span></b></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-37951245255267668922018-01-14T00:00:00.000-02:002018-01-14T00:00:44.124-02:00Estupradores e CIA - Crônica * Antonio Cabral Filho - RJ<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Estupradores e CIA</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>-crônica-</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj75THHDfYAP30b4QJzcUNHN8YzPSc5ead-n24QkFdb8EBh6m6ZMzvfcHHm3HZRmb30rn9MUROFpDNxoqjvN2DQSmYnhyTH4zDNjpbstTW0Og6hwkbkpHgGe70xR9EtdnaGlrrgUgR6uK4/s1600/cony.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="594" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj75THHDfYAP30b4QJzcUNHN8YzPSc5ead-n24QkFdb8EBh6m6ZMzvfcHHm3HZRmb30rn9MUROFpDNxoqjvN2DQSmYnhyTH4zDNjpbstTW0Og6hwkbkpHgGe70xR9EtdnaGlrrgUgR6uK4/s400/cony.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>-imagem: revista Rubem-</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Antonio Cabral Filho - Rj</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;">Estupradores e CIA<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>A história dos crimes passionais vem de longe e ao longo de toda sua
trajetória sempre contou com a prevaricação do Estado, do mundo jurídico e dos
formadores de opinião. Sem esse tripé, nenhum violador da individualidade
alheia daria um só passo.<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Este é meu entendimento da questão, do alto de meu quinto período de
direito e também de comunicação social, mas não sofro a febre do ódio no trato
de nenhum assunto. Dito isto, quero registrar algumas palavras sobre o falecido
Carlos Heitor Cony. <o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Senhor K, como foi designado no submundo da espionagem política, sempre
serviu ao sistema, trabalhou denodadamente pelo golpe de 1964, fazendo matérias
no jornal Correio da Manhã devidamente acusatórias contra João Goulart e
cantando na banda de propaganda ideológica anti – brasileira da dita “ameaça
comunista”. Circulava rebolantemente nos corredores dos grandes jornais como
agitadorzinho serviçal, tomando café, água ou drinks com personas high society
ou em coquetéis. <o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Logo após o golpe comandado pelos milicos, fez um movimento para a
platéia tipo mea culpa e passou a escrever contra a ditadura que apoiou. Alegou
ter se equivocado. Por isso, foi detido seis vezes pela repressão, mas não se
tem notícia, pelo menos até agora, de que conheceu o pau-de-arara, os choques
nos testículos, o afogamento nem foi jogado em alto mar pelo PARASAR. Aliás,
saiu-se muito bem, fazendo “oposição”, acusando a torto e à direita gente, que
como ele, fez-se de equivocada, e ganharam ótimas somas como indenização por
“perseguição política” após a anistia. <o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Daí, entramos no túnel da democratização, mas o Mister K continuou sua
trajetória, contraditória, fazendo-se de democrata, aliado a Alberto Dines,
Antonio Callado, Rubem Fonseca, Barbosa Lima Sobrinho, igreja católica e cia,
até que o movimento operário apareceu em cena e impôs-se contra a cortina de
ferro do silêncio na imprensa, mesmo sendo chamado de “agente do comunismo
internacional” por toda a “inteligentzia” pro-norteamericana. Daí, desponta
Lula, e figurinhas como M. K não podem perder a chance de ocuparem seus lugares
na cena: desde o primeiro momento, Carlos Heitor Cony foi um inimigo público
dos movimentos sociais, dos sindicatos e dos partidos denominados de esquerda
etc. Não apenas através de sua própria opinião, mas sobretudo através de sua
prestação de serviço ao sistema – patronal – em suas colunas nos maiores
jornais brasileiros. <o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Tenho certeza de que os “capitães de imprensa” já providenciaram a sua
substituição, uma vez que seus serviçais são descartáveis, por outro tão bem
servil.<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Mas agora mais recentemente, a sua atuação contra Lula – PT e Cia,
demonstrou o mesmo quilate do período Pré-64: escreveu e debateu exaustivamente
em favor do golpe atual, mas não teve a mesma recompensa de antes. Chegou ao
ponto de ser jogado às feras, num debate com Rovai... que o desmascarou frente
a frente, diante das câmeras: "<o:p></o:p><span style="background-color: white; color: #2f2f2f; font-family: "verdana" , "geneva" , sans-serif; font-size: 16px;">“Hoje ele manda Dilma e Lula se fu... na Folha. A velhice não lhe fez aprender nada. Continua o mesmo velho babão da elite e dos patrões que era na juventude”,</span><span style="background-color: white; color: #2f2f2f; font-family: "verdana" , "geneva" , sans-serif; font-size: 16px;"> (Fonte: </span><span style="color: #2f2f2f; font-family: "verdana" , "geneva" , sans-serif;">https://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/222794/Rovai-detona-Cony-uma-vez-golpista-sempre-golpista.htm )</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Bom, como se isso não bastasse, uma vez que se trata apenas de sua
performance política, um outro viés chama atenção no M.K: creio que, se não
todos, pelo menos a maioria, tem conhecimento do crime passional que vitimou
Ângela Dinis, levado a cabo por seu gigolô Doca Street. Vou poupar-me no uso de minhas palavras e
deixá-los com a reportagem policial:<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Documento 1 –<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>“</b><span style="background: white; color: #666666; font-family: "arial"; font-size: 7.5pt;">Nova batalha pela imprensa, semelhante à do Caso Idalina,
ocupou os jornais do país – era a primeira vez que se contestava de maneira
sistemática a prática do “crime de amor”. Enquanto o advogado Lins e Silva se
irritava com a repercussão que, a seu ver, “transformava uma briga entre
amantes em acontecimento nacional”, os jornalistas Paulo Francis e Tristão de
Athayde (quem diria!...) indignavam-se com os protestos das feministas.
Tentando ser racional, Carlos Heitor Cony não rilhava os dentes como seus
colegas, mas procurava passar a ideia de que a verdadeira vítima seria Doca
Street. Houve revisão do julgamento, e o menino de boa família passou alguns
anos (poucos, na verdade) atrás das grades. “<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>”Fonte:<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>https://www.sescsp.org.br/online/artigo/5661_O+QUE+NAO+ESTA+NOS+AUTOS<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>&<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Documento 2 –<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>“<o:p></o:p></b></div>
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 10pt;">Acostumado à subserviência conservadora, Lins e Silva, defensor de
Doca, revelou seu espanto ante a extraordinária pressão popular que acompanhou
o julgamento. O caso teve enorme repercussão não só no Brasil, mas também no
exterior, havendo "publicidade nunca vista" sobre este caso, reclamou
Lins e Silva (1991, p. 295). Grande controvérsia ocupou a imprensa (Blay, 2003)
acirrando-se a polêmica <i>contra</i> os direitos humanos das
mulheres. Os jornalistas Paulo Francis e Tristão de Ataíde mostraram-se
indignados contra as feministas e suas manifestações públicas que, segundo
eles, pré-condenaram o réu; Lins e Silva (1991, p. 295) irritou-se com a
repercussão que transformou uma "briga entre amantes em acontecimento
nacional". Referiu-se ao "incidente" como se a vítima estivesse
viva. Os prestigiados jornalistas e o advogado consideraram ilegítima a pressão
da opinião pública nestes crimes contra mulheres justificados pelo amor.</span><span style="font-family: "verdana"; font-size: 6.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 10pt;">Dentre as matérias publicadas na época, artigo de Carlos Heitor Cony
na revista <i>Fatos e Fotos – Gente</i>, assim descrevia o crime:</span><span style="font-family: "verdana"; font-size: 6.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 10pt;">eu vi o corpo da moça estendido no mármore da delegacia de Cabo
Frio. Parecia ao mesmo tempo uma criança e boneca enorme quebrada... Mas desde
o momento em que vi o seu cadáver <i>tive imensa pena, não dela, boneca
quebrada, mas de seu assassino,</i> que aquele instante eu não sabia quem
era (grifo meu).</span><span style="font-family: "verdana"; font-size: 6.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "verdana"; font-size: 10pt;">O jornalista titubeia em sua opinião sobre o crime. De um lado,
cita a Promotoria que acusava Street de libertinagem, cafetinagem, e conclui:
"Mas outros cafetões, outros libertinos e safados não se tornaram
assassinos". Por outro lado, em benefício do assassino, Cony entrevista o
delegado Sérgio Paranhos Fleury, que afirma "[...] o único crime
respeitável, que não condenaria com rigor, era o passional... Crime passional
qualquer um comete, até eu". Cony conclui: "A chamada privação de
sentidos provocada pela paixão pode fazer do mais cordial dos homens um
assassino"<i>.</i></span><span style="font-family: "verdana"; font-size: 6.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>”<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Fonte:<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300006">http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300006</a>
<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>&<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Bom, espero que M.K ou Carlos Heitor Cony, um velho agente da
espionagem capitalista, descanse em paz e que sua alma, caso tenha fé em Deus,
receba os necessários dividendos.<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Mas para refrescar os ânimos de quem quer que seja, informo que a
imprensa não vive dos seus profissionais públicos e sim de uma multidão
invisível que revisa, imprime, distribui e põe nas respectivas contas o soldo
de todos os vendidos... É aí que eu entro.<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>*<o:p></o:p></b></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-51563657720509086212017-08-16T20:33:00.001-03:002017-08-16T20:33:35.817-03:00O Privatista Feliz - Crônica * Antonio Cabral Filho - RJ<div style="text-align: center;">
<b style="font-size: 14pt;">O Privatista Feliz</b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUlDTkanKsUkSO6he199S0_xZI8DtHwZ_cz1lBeSC-9NikVZxplxdRZ-3sX3ghfCj-mJ7OOfCbSwYAGEoQOuUSS6-ANCei2VoMfs2xRrZimoEEfSGaEVXSX5v_tJyz7PBMFuN884brgjE/s1600/brasilavenda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="681" data-original-width="700" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUlDTkanKsUkSO6he199S0_xZI8DtHwZ_cz1lBeSC-9NikVZxplxdRZ-3sX3ghfCj-mJ7OOfCbSwYAGEoQOuUSS6-ANCei2VoMfs2xRrZimoEEfSGaEVXSX5v_tJyz7PBMFuN884brgjE/s320/brasilavenda.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b><br /></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b><br /></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Ele é brizolista. Do tipo Deus no céu Brizola na
terra. E acusa Lula de querer tomar o lugar do seu ídolo. Mas diz que este não
tem garra. E que líder tem que ser macho, destemido, capaz de pegar em armas
pra defender seu povo. E cita a experiência “de pirro” do restolho de populismo
com a formação de núcleos guerrilheiros chamados “Grupos dos Onze” – em que
cada unidade compunha-se de 11 sujeitos. Inútil retrucar expondo a fragilidade
dessa concepção espontaneista do seu proto-caudilho, que foi tentar fazer da
Serra do Caparaó a Sierra Maestra cubana, sem nenhum Fidel e sequer um
Chê. Inútil tentar dizer-lhe que Brizola
roubou Fidel e rachou 1 milhão de dólares com seus comparsas tornando todo mundo
rico de ontem para hoje, com fazendas em vários lugares estratégicos do Brasil,
mantendo acesa a estória de que seriam transformadas em bases da guerrilha e
financiando as Ligas Camponesas com Julião à frente para dar um status de algo
consistente. <o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b><br /></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Para se conversar com esse “privatista feliz” é
preciso ter saco de papai-noel, escutar cada abobrinha de doer as canelas. Por
exemplo, dizer-lhe que os grupos do Brizola estavam devidamente infiltrados de
“arapongas” tanto nacionais como estrangeiros soa quase como uma ofensa,
lembrar-lhe que um oficial gaucho teve uma diarréia minutos antes de dirigir-se
a um compromisso conspiratório é um tapa na cara, ou que o chefe da guerrilha
de Caparaó era o único a estar armado no acampamento quando chegaram as tropas
inimigas e renderam-no não lhe inspira nenhuma armadilha. E pra encerrar esse viés do meu interlocutor,
recordar-lhe que Fidel batizou Brizola de El Raton, isolando-o politicamente da
ótica soviética é um ato de desprezo. <o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Daí, passamos para o assunto das privatizações, no
período Brizola governador do Rio de Janeiro e a seguir. Lembro-lhe que o seu
líder “encampou” várias empresas privadas à beira da falência com a desculpa de
que iria proteger os interesses dos trabalhadores – Ciferal, no setor
metalúrgico e várias do setor de transporte. Refresco-lhe a memória com as
indenizações milionárias que os seus donos conseguiram na justiça após a
chegada do Moreira, que jogou empresas públicas na via pública das
privatizações graças aos escândalos da “era brizolista”. Ele chega a soluçar de
raiva do que lhe digo. Mas engole a seco... não consigo dele uma só palavra de
concepção crítica das gestões do seu piolho de füher. Mas subitamente desanda a
falar e sai defendendo Moreira, Collor, FHC e até elogia Lula, primeiro
defendendo as privatizações e depois a abertura lulista às prestadoras de
serviço no setor público, inclusive Petrobrás.
Mas quando lhe pergunto algo sobre CEDAE, empresa em que foi dirigente,
noto uma série de soluços. E, subitamente, a defesa intempestiva da
privatização pura e simples como uma espécie de panacéia para os males da
corrupção nas empresas públicas brasileiras. Segundo ele, foi melhor assim.
Afinal, ninguém agüentaria uma auditoria, uma abertura de processo realmente
conseqüente, uma vez que todo mundo tinha rabo preso, em todos os níveis. Até
no funcionalismo, que por ter entrado pelas janelas, não reivindicava nada, não
se organizava, não adquiria consciência de sua importância como mão de obra
qualificada, nada... sindicato idem. “Vê aí a NOVACEDAE?” É dinheiro público, à
disposição do setor privado. O povo só leva fumo! Mas nem reclama. Está sendo
duplamente roubado: quando a empresa foi constituída e depois na cobrança do
serviço com o qual não empatou um centavo. </b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b><br /></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Mas foi melhor assim... ressalta
nosso privatista feliz. Em seguida, explica que estatal nenhuma, nunca serviu
ao país, ao povo, aos trabalhadores e sempre funcionaram apenas como torneira
de desvio dos recursos públicos, sempre roubaram descaradamente, sempre
prestaram o pior serviço, sempre foram trampolim para as prestadoras de serviço
se criarem e arrebanharem dinheiro e espaço no mercado da sua atividade. “Ta
vendo a Petrobrás?” Pode montar quantas Lavajatos quiserem. Nenhuma vai chegar,
sequer, próximo da realidade, da dimensão mafiosa montada pelas prestadoras
junto com os dirigentes e os políticos. “Nenhuma!...” <o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Não foi melhor assim?... Finaliza meu privatista
feliz.<o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Mas, privatismos à parte, ele representa um espectro
do povo brasileiro hoje, dado o inconformismo com os rumos do país, com tamanha
corrupção, com o abandono do patrimônio público à sanha do setor privado, com a
decadência política não só dos partidos mas inclusive dos sindicatos, das
entidades da sociedade civil, das diversas denominações religiosas, das pessoas
em si, enfim... isso explica a nossa apatia. </b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>*** </b><o:p></o:p></span></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-56284136695935422422017-07-25T22:01:00.003-03:002017-07-25T22:01:44.185-03:00Crônica do Soneto Morfêico * Antonio Cabral Filho - RJ<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Crônica do Soneto Morfêico</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGobhMic3zF0GMfLVJlDZOI1rlSz4C64roSdyYABcdQe8VPOZtqlQXunFHd6q1RKh0_CjG_wqTfqPS2tO7Zvsr85RF4kijIO_IMetRXNUdHYzmpSqkHs-HMwqrYnkLhrcvs9Bv7DI1sYI/s1600/digitalizar0011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" data-original-height="1588" data-original-width="1600" height="317" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGobhMic3zF0GMfLVJlDZOI1rlSz4C64roSdyYABcdQe8VPOZtqlQXunFHd6q1RKh0_CjG_wqTfqPS2tO7Zvsr85RF4kijIO_IMetRXNUdHYzmpSqkHs-HMwqrYnkLhrcvs9Bv7DI1sYI/s320/digitalizar0011.jpg" width="320" /></b></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Não sei se todos têm conhecimento dessas mitologias greco-romanas e outras, mas Morfeu é o deus do sono; do sono prazeroso, provedor do sonho, das viagens oníricas e felizes, e Tânatos, deus do sono feiticeiro, carregado de banzo, cheio de mandingas, cuja meta é dominar alguém para algum objetivo, por exemplo, matá-lo.</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Foi devido a essa relação mitológica entre essas duas entidades que escrevi um poema em 2006 intitulado Soneto Morfêico, cujo conteúdo era uma crítica bem ácida contra as formas fixas na poesia. Nessa época eu tinha começado a publicar meu atual fanzine literário Letras Taquarenses e buscava reunir poemas meus e dos amigos que tivessem algum conteúdo fora do trivial, uma vez que a poesia marginal carioca há muito tinha indo para o ralo mercadológico e não restava nada de rebeldia nem contradições sociais, ou seja, acomodação geral... e meu objetivo era continuar incomodando.</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Numa das edições do Letras Taquarenses inclui o poema junto com outro intitulado Canto a Ilu-Ayê, o primeiro em forma de soneto e o segundo em versos livres e bem extenso, devido às realidades dos habitantes dos diversos guetos suburbanos das urbis contemporâneas, entre as quais os bairros negros da África do Sul de Mandela.</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>O fanzine saiu por aí, circulando via correios e eu mandava para qualquer pessoa, sem importar com a estatura intelectual do destinatário. Foi numa dessas que esbarrei com o escritor baiano João Justiniano da Fonseca.</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>O poema, Soneto Morfêico, por força das circunstâncias, veio a tornar-se um soneto mesmo, inclusive pelas relações com Justiniano. Este, assim que recebeu minha publicação, não parou para respirar. Foi para o computador e largou-me o aço! Confira sua missiva sobre o assunto:</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimHhxAXx8ShnhbD9NR0yFRg1ZJW2Of4KgJ__nRzjm6t29518t1t01P3I61Y6BVH1VRGHhpIr2_T8ES6MEoY7J33Z3PsSCM2z9PiwwD6xnH2C-ILGxmcdzEZ3VK59QTU1fSDY2x4ajsUrk/s1600/digitalizar0013.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1160" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimHhxAXx8ShnhbD9NR0yFRg1ZJW2Of4KgJ__nRzjm6t29518t1t01P3I61Y6BVH1VRGHhpIr2_T8ES6MEoY7J33Z3PsSCM2z9PiwwD6xnH2C-ILGxmcdzEZ3VK59QTU1fSDY2x4ajsUrk/s400/digitalizar0013.jpg" width="288" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Veja o quarto parágrafo. É o suficiente para medir a verve do missivista. Aproveitei e adquiri o seu livro Sonetos de Amor e Passatempo e resolvi estudar as regras do soneto e meu poema, antes uma mera "zoação", realmente tornou-se um digno poema em forma fixa chamado soneto. Daí em diante nossos contatos se deram em função da publicação da Casa do Poeta, da qual ele já se afastara e dispôs-se a orientar-me para aquisição da mesma. Como percebi as dificuldades dele em ficar respondendo cartas e agradecendo envio de publicações, parei e mantive-me observando-o à distância, por respeito a sua idade e condições de mobilidade.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Mas João não parava. Viajava constantemente para eventos, sobretudo em Sergipe a convite de Ilma Fontes para os congressos da Casa do Poeta de Aracaju.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Seu livro Sonetos de Amor e Passatempo continua comigo,</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1M87m4A43RV1s9KgwpPFhGUCV7gCo26uKQTiXL6T0RpNB-M9yUMIBv6flRj0YQR_VojWJdPXvMX9WfHxmmKbrGsCd8fVPrXzgDSZ5G7G0YlTf8pqXgOlcIeIIaq1UjyoS9qhuJnj87wc/s1600/digitalizar0012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" data-original-height="1588" data-original-width="1600" height="317" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1M87m4A43RV1s9KgwpPFhGUCV7gCo26uKQTiXL6T0RpNB-M9yUMIBv6flRj0YQR_VojWJdPXvMX9WfHxmmKbrGsCd8fVPrXzgDSZ5G7G0YlTf8pqXgOlcIeIIaq1UjyoS9qhuJnj87wc/s320/digitalizar0012.jpg" width="320" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b> agora mais íntimo, uma vez que a Academia Celestial de Letras e Artes - ACLA, está mais festiva, agora que um dos maiores recitadores acabou de chegar.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>http://bahiaempauta.com.br/?p=128936 </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Confiram as palavras de um de seus netos no link acima.</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>*</b></span></div>
</div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-90427766344342306812016-12-14T23:37:00.001-02:002016-12-15T06:36:35.054-02:00Concepção Brechteana do Homem * Antonio Cabral Filho - RJ<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 18.0pt;">Concepção Brechteana do Homem</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 18.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJnGxPFMacMLimizrWnpeP4VtrPlPjANGyQuKB8-ybgJDBkOx8kt8FW_kA_7Qt6AjiRRAAZP3e1LboVz3Ou8jO40stdCIX5Zn6f32nrwIGPFl8VYaINtb5dzxBcOHk5-yEbuC9DtCN_fo/s1600/dom-pualo-evaristo-arns-noticiascatolicas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJnGxPFMacMLimizrWnpeP4VtrPlPjANGyQuKB8-ybgJDBkOx8kt8FW_kA_7Qt6AjiRRAAZP3e1LboVz3Ou8jO40stdCIX5Zn6f32nrwIGPFl8VYaINtb5dzxBcOHk5-yEbuC9DtCN_fo/s320/dom-pualo-evaristo-arns-noticiascatolicas.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 18.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Para Bertolt Brecht, o homem precisa ser
um ativista em tempo integral. Precisa defender seus direitos 24 horas por dia,
para somente assim ter alguma garantia de que sua dignidade humana possui
alguma segurança. Isso pode ser constatado em diversos poemas seus e em muitas
peças teatrais onde o foco do Autor é pensar a condição humana; vide a peça Mãe
Coragem, na qual uma mãe se faz passar por camelô só para acompanhar as
atividades políticas revolucionárias do seu filho no movimento sindical.<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="fr0" style="background: #FAFAFA; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b>Seus poemas
são verdadeiros panfletos líricos, onde as denúncias da opressão são tratadas
de modo a tocar a sensibilidade do leitor e levá-lo a se localizar no universo
social circundante e não viver como maria-vai-com-as-outras. Poemas como “Perguntas
De Um Operário Que Lê - </b><b><span style="color: #333333; font-family: "helvetica"; font-size: 9.0pt;"><br />
<br />
Quem construiu Tebas, a das sete portas?<br />
Nos livros vem o nome dos reis,<br />
Mas foram os reis que transportaram as pedras?<br />
Babilónia, tantas vezes destruída,<br />
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas<br />
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?<br />
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde<br />
Foram os seus pedreiros? A grande Roma<br />
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem<br />
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio<br />
Só tinha palácios<br />
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida<br />
Na noite em que o mar a engoliu<br />
Viu afogados gritar por seus escravos.<br />
<br />
O jovem Alexandre conquistou as Índias<br />
Sozinho?<br />
César venceu os gauleses.<br />
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?<br />
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha<br />
Chorou. E ninguém mais?<br />
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos<br />
Quem mais a ganhou?<br />
<br />
Em cada página uma vitória.<br />
Quem cozinhava os festins?<br />
Em cada década um grande homem.<br />
Quem pagava as despesas?<br />
<br />
Tantas histórias<br />
Quantas perguntas”<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="fr0" style="background: #FAFAFA; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Ou “Intertexto -</span></b><b><span style="color: #333333; font-family: "helvetica"; font-size: 9.0pt;"><br />
<br />
Primeiro levaram os negros<br />
Mas não me importei com isso<br />
Eu não era negro<br />
<br />
Em seguida levaram alguns operários<br />
Mas não me importei com isso<br />
Eu também não era operário<br />
<br />
Depois prenderam os miseráveis<br />
Mas não me importei com isso<br />
Porque eu não sou miserável<br />
<br />
Depois agarraram uns desempregados<br />
Mas como tenho meu emprego<br />
Também não me importei<br />
<br />
Agora estão me levando<br />
Mas já é tarde.<br />
Como eu não me importei com ninguém<br />
Ninguém se importa comigo.”<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Ou “</span></b><b><span style="font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="fr0" style="background: #FAFAFA; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="color: #333333; font-family: "helvetica"; font-size: 9.0pt;">O Analfabeto
Político<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="fr0" style="background: #FAFAFA; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><br />
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa
dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões
políticas.<br />
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que
odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a
prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político
vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”</b><b><span style="color: #333333; font-family: "helvetica"; font-size: 9.0pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">São textos que marcam qualquer um e
fazem com que o sujeito se posicione perante o mundo e lute contra toda forma de
opressão.<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Neste momento em que os trabalhadores,
em particular e os oprimidos de um modo geral, perdem Dom Paulo Evaristo Arns,
sou levado de volta aos poemas de Bertolt Brecht, às cartilhas de formação
cristã das CEBs, da Pastoral Operária, da Comissão Pastoral da Terra e constato
que ambos, Bertolt Brecht e Dom Paulo, são faces de uma mesma moeda: os homens
imprescindíveis, segundo este trecho de mais um poema: “Há homens que lutam um
dia<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">E são bons,<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Há homens que lutam um ano<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">E são melhores,<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Há os que lutam muitos anos<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">E são muito bons,<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Mas há os que lutam toda a vida<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">E estes são imprescindíveis!”<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Bertolt Brecht lutou contra o nazismo,
lutou contra o “macartismo” e lutou contra o stalinismo, apesar de todos que o
acusam de conivir com este sistema. Mas um trecho de poema seu atesta o contrário,
quando interrogado sobre o que fazer com o povo que combate o “fascismo
vermelho da cortina de ferro” na RDA, sugere “experimentem trocar o povo”. Poucos
ou muito poucos percebem a acidez de sua ironia no marasmo daquele universo político
de ditadura de partido único em que viviam. E Bertolt Brecht vai morrer
exatamente no momento em que todo o império soviético começa a desmoronar no “Relatório
Kruchev”, em 1956.<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Embora Bertolt Brecht seja um
intelectual da cultura e Dom Paulo um intelectual do catolicismo, ambos são irmãos
siameses dos oprimidos: morreram combatendo ditaduras. Suas posições contra a ditadura TEMERosa são públicas e transparentes, sem contemporizações nem meias verdades. E Dom Paulo deixou sua
marca de atuação religiosa junto às CEBs, na Comissão de Justiça e Paz de São
Paulo, na Pastoral de Moradia, na Pastoral Operária, no Movimento Tortura Nunca
Mais, e, junto com Dom Pedro Casaldaliga, Frei Leonardo Boff e Frei Beto, constituem
o “Estado Maior da Teologia da Libertação” na América Latina, considerados e
solicitados por todos os movimentos sociais, leigos e religiosos, para conferências,
palestras e estudos sobre os meios de combater a opressão capitalista. Além disso,
deixou-nos 49 livros onde buscarmos ensinamentos. Salve Dom Paulo! Descanse em
paz!!<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-size: 14.0pt;">*</span></b></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-31649200540571089412016-11-27T00:00:00.000-02:002016-11-27T01:28:57.056-02:00Festas Literárias SA - Crônica * Antonio Cabral Filho - RJ<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: center;">
<b style="font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px;">Festas Literárias SA</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b style="font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px;"><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHCK4zc2D5mszkqAewmQWTCrmimIpEPUgxxjqB8vdL_iBBaIYir18fD7Rr6go_Tk4UKoomSxdKLmlftdy_cFwfChC4viOoSzZcgt-oEB4EQIH_SGw11kKhUtaFjzeBw8np7l2dO69Kq-c/s1600/bonus_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="257" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHCK4zc2D5mszkqAewmQWTCrmimIpEPUgxxjqB8vdL_iBBaIYir18fD7Rr6go_Tk4UKoomSxdKLmlftdy_cFwfChC4viOoSzZcgt-oEB4EQIH_SGw11kKhUtaFjzeBw8np7l2dO69Kq-c/s320/bonus_1.jpg" width="320" /></a></div>
<div id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Sempre gostei de "Feira de Livro". Desde moleque. Não perdia nenhuma e às vezes fazia delas o meu programa de fim de tarde ou de semana mesmo. Como dizíamos nos anos 80, o galã perfeito é aquele que tem uma programação para envolver a dama até ter certeza de que ela quer mesmo ir para a cama e as feiras de livros ajudaram-me a "matar muito gado..."</b></div>
<div id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Após a adolescência, fui trabalhar em livraria e sempre que as empresas precisavam de alguém para tomar conta de suas barracas na feira, eu me apresentava. Trabalhei em quase todas as melhores livrarias do Rio de Janeiro, menos a Da Vinci, infelizmente. Depois de adquirir uma boa experiência, montei a minha, lá em Niterói, primeiro dentro da UFF, depois na rua, ao lado da entrada principal da universidade, na Avenida Visconde de Rio Branco, 641. Durante os meus dezesseis anos como livreiro, organizei muitas feiras pelo leste fluminense afora, indo às vezes até Volta Redonda, sempre contando com a participação dos livreiros amigos, tanto de Niterói como dos municípios aonde realizaria a feira. Era só fazer um ofício dirigido à secretaria de educação e cultura da cidade solicitando autorização para o evento, pagar a taxa de ocupação do espaço e vender as vagas aos interessados. Cada um montaria sua barraca, que era alugada com um fornecedor de estruturas para feiras. Ele trazia as barracas, e dependendo do contrato, ele mesmo montava e desmontava. Nós só tínhamos o trabalho de expor a mercadoria, abrir e fechar, mais nada. A segurança era por nossa conta, a manutenção também; então nós nos revezávamos ou pagávamos terceiros para limpar e tomar conta à noite. </b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Durante todos esses anos, nunca tivemos a participação de "patrocinadores" nem qualquer tipo de financiamento. Nenhuma das editoras que integravam essas feiras contribuía mais do que o mesmo que cada livraria ou sebo, pois nosso tratamento era igual, embora compatível com o espaço adquirido. As responsabilidades eram as mesmas para todos e cada um arcava com o compromisso assumido; sem mais nem menos. E, talvez por isso, a minha saída do ramo fez acabar com esse empreendimento.</b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Logo assim que parei, comecei a observar o surgimento do setor de atividade "produção de eventos", ano 2000 mais ou menos. A Feira da Providência foi o primeiro que visitei para ver a estrutura e o modo de organização. Pude concluir que o foco ali não era a "providência...", mas sim o resultado. O evento tinha que dar o "lucro certo" apenas para o "organizador", e este se lixando para os expositores. Constatei o desespero de algumas livrarias - sebo nem pensar - inclusive de médio e grande porte, suando frio para conseguir vender alguma coisa, graças, inclusive ao enxame de similares - várias livrarias do ramo livros espíritas, do ramo humanidades, do ramo infanto-juvenil etc. Esses detalhes devem ser levados em conta na organização do evento...</b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Fazia muito tempo, eu já andava de olho na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, surgida em 1983, sempre observando o modo de organização, a cobertura da imprensa, a presença de nomes relevantes para a literatura e para a cultura não só nacionais. Sempre me chamou a atenção a importância dada às livrarias, nem sempre valorizadas, graças ao espírito competitivo estabelecido como uma especie de "regra pétrea" na concepção do evento. Constato, sem nenhuma satisfação, que o objetivo não é vender o livro, mas sim, tomar dinheiro de quem vai lá... sejam expositores sejam consumidores.</b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Inicialmente, achei que fosse "pinima" de minha parte, e fui estudar outros exemplos Brasil a fora. Percebi que os piratas/salteadores/batedores de carteiras do Rio eram pivetes brincando de malandros. Quando descobri o valor do metro quadrado na Bienal de São Paulo, tive um calafrio. No resto do pais, não é diferente e, pra piorar o panorama, surgiram as "FLI": Festas Literárias Internacionais, que de festa não tem nada e de internacional muito menos. É só venda de espaço, exploração de marcas, marketing editorial, estrelismos em troca do cachê e conversa fiada como conteúdo intelectual. </b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>A primeira FLI de que tenho conhecimento em chão nacional é a Festa Literária Internacional de Parati - FLIP, criada em 2003, idealizada por uma agente literária chamada Liz Calder, da Bloomsbury, que morou no Brasil, e foi inspirada no festival Hay on wye do Reino Unido. Daí em diante, um complexo de patrocinadores e investidores tomou conta sob a bandeira "ongsta" sem fins lucrativos Associação Casa Azul, compartilhado com o Festival Internacional de Autores do Canadá e com o Festivaleletteratura Mantova italiano, para dar um toque internacionaleiro ao evento; mais nada... Depois, nós já sabemos: faça um levantamento da quantidade de "Festas Literárias Internacionais - FLI" existentes hoje no Brasil.</b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Aqui no Rio não poderia ser diferente. Afinal, com o grassamento do neoliberalismo pelo aparelho de estado a dentro, melhor seria mudar seus nomes e ao invés do "Literária Internacional" que tal "Liberal Internacional"? Pelo menos fica tudo às claras, já que é pra sugar os cofres públicos, usar e abusar das ditas "Leis de Incentivo" à cultura, lavar dinheiro sujo, sustentar parasitas tipo Rede Globo, atravessar dinheiro para apaniguados de toda espécie, usando um disfarce tão bonito, o livro. Outro ingrediente desse angu são os escritores e/ou artistas envolvidos. Ninguém tem direito de dizer-se alheio-não informado ou algo que o valha quando se trata de verbas públicas. Nenhum artista, de setor nenhum, pode alegar irresponsabilidade quanto à origem dos seus cachês. Se advem da iniciativa privada ou dos cofres públicos, quiçá do "crime organizado", ele sabe muito bem... Por isso é que sempre vem à tona as divergências quanto a esses aspectos do financiamento das feiras expressos por Paulo Lins ou Luiz Ruffato numa dessas edições anteriores da Feira de Frankfurt. Daí, não podemos aceitar "artista vaquinha de presépio" que fica vagando pelos eventos fazendo gracinhas quando são questionados sobre tal ou qual resposta deram a uma pergunta oriunda do público. É bom ficarem atentos... os tempos estão mudando... sobretudo em tempos de "ditabundura..."</b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Em relação a isso, o Rio de Janeiro virou uma só feira de "FLIs": tem a da FNLIJ - Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvemil em junho, a Primavera Literária em outubro e, agora, o Boulevard Literario, para dar um toque "culturar" ao deserto do cais do Porto e colocar dinheiro no bolso dos promotores, mais nada... senão, consultem a mídia impressa do evento e vejam a quantidade de patrocinadores, destaquem os órgãos públicos e digam-me se estou de pinima... </b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480062034696_2953" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></div>
</div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-26242061343925854642016-11-25T05:53:00.001-02:002016-11-25T05:53:04.055-02:00Rua Lima Barreto - Crônica * Antonio Cabral Filho - Rj<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div id="yui_3_16_0_1_1480054135312_2907" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Rua Lima Barreto</b></div>
<div id="yui_3_16_0_1_1480054135312_2907" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWqVh4xmA6ETgtEl1CRsBz79TrHLyf2fsbm3pNArkSuX3F2RdK7blEmTwBHB_u47zZgLRbYKTjQ6UiGy95yOdpFDOt2m3DlSofKmxfEwtXwjGCkSGiv3D0n8wwzjtC0OEDvHuSGIVK5GU/s1600/panoramio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWqVh4xmA6ETgtEl1CRsBz79TrHLyf2fsbm3pNArkSuX3F2RdK7blEmTwBHB_u47zZgLRbYKTjQ6UiGy95yOdpFDOt2m3DlSofKmxfEwtXwjGCkSGiv3D0n8wwzjtC0OEDvHuSGIVK5GU/s1600/panoramio.jpg" /></a></div>
<div id="yui_3_16_0_1_1480054135312_2907" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480054135312_2907" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Rua Lima Barreto, ora...Quem vai saber se existe isso! Ninguém anda por aí se perguntando quem é o sujeito que batiza a rua. Todos cruzamos com personalidades pelas ruas a fora e nem perguntamos quem são, como se deu dia desses comigo. Fui levar um dito cujo no "Lourenço Jorge" e deparei com o Luis Carlos Prestes; saindo de lá, passei pela "Airton Senna", fiz um retorno e segui a "Abelardo Bueno"; e devido a um desvio de trânsito, fui pela "Salvador Allende", passei pela Estação Guinard do BRT, entrei na "Benvindo de Novais", saí na "Bandeirantes" e segui direto até a esquina da "Olof Palme". Aí, parei e pensei nesse troço... Quem são essas pessoas? Por que não nos perguntamos quem são? E por que elas estão sendo homenageadas dando nomes às ruas, praças, avenidas ...</b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480054135312_2907" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Era sábado de manhã e eu tinha ido comprar um miúra, que até estava barato. Parei na esquina, olhei para os lados e vi a placa: Rua Lima Barreto. Imediatamente, veio a satisfação de saber que um escritor brasileiro, negro, pobre, discriminado inclusive por negros, entre eles Paulo Barreto - o João do Rio - e Machado de Assis, o fundador da Academia Brasileira de Letras, era homenageado como nome de rua exatamente no bairro que lhe viu morrer. Dirigi-me a uma lanchonete com o intuito de tomar um café enquanto esperava o vendedor do carro. E, mal dei dois passos, vi aproximar-se de mim um preto velho. Cumprimentou-me, educadamente, o que provocou a minha curiosidade. Queria saber se eu podia lhe pagar um lanche. E respondi-lhe "claro!"; convidei-o a sentar-se comigo e fomos adentrando o estabelecimento. Logo, sem a menor desfaçatez, apareceu um sujeito branco, estatura mediana, vestindo um uniforme azul todo puído, interpôs-se à minha frente informando que "ele não pode entrar", se referindo ao preto velho, acrescentando "é mindingo!". Informei-lhe que se tratava de um amigo meu, e que ele ia fazer um lanche junto comigo, "mas ele não tem com que pagar...", disse o moço colando seu corpo ao meu de modo a impedir mesmo que eu entrasse no estabelecimento acompanhado daquele velho negro solicitando apenas o que comer. Empurrei-o com energia e disse-lhe que se repetisse aquelas palavras e se tocasse em mim ou no velho, sairia dali preso. Imediatamente, apareceu um senhor branco, forte, atlético e se apresentando como proprietário da casa, dizendo-me que "aqui quem manda sou eu! Ele não entra e você pode se retirar junto com ele pro seu bem!" E pôs as duas mãos na cintura pra realçar o tórax, fitando-me intimidadoramente. "Pois não. Vejamos!", disse-lhe e peguei o celular, liguei para a polícia e chamei um jornal, enquanto mandava o meu amigo se sentar a uma mesa desocupada. Ordenei-lhe que servisse o que ele pedisse e que chamasse o seu advogado para acompanhar-lhe à delegacia. A polícia e o jornal chegaram juntos, e mandei fotografar o"proprietário" e todo o estabelecimento, constatando que não havia nenhum funcionário negro. Fui entrevistado enquanto tomava uma cafezinho e a audiência em torno se movimentava, assistindo à polícia algemar o dito cujo. Paguei a despesa e fui para a delegacia fazer o BO, ligando para as entidades de direitos humanos e movimento negro. Na delegacia, recolhemos os depoimentos de várias testemunhas, tudo devidamente repassado aos jornais que foram aparecendo, inclusive rádios de diversas potencialidades. Tudo concluído, o "proprietário" ficou trancafiado por prática de racismo, danos morais e tentativa de homicídio devido aos empurrões que trocamos. </b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480054135312_2907" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480054135312_2907" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Ao sair, o Preto Velho acompanhou-me pedindo desculpas pelo transtorno que me causara, e ia se despedindo quando perguntei-lhe se não podíamos sentar e conversar um pouco. Ele ficou surpreso, olhou-me com os olhos arregalados e respondeu "com prazer!" e foi se dirigindo a uma pracinha cheia de bancos de concreto. Lhe disse que iríamos sentar lá na lanchonete do valentão e iríamos lanchar melhor agora, com mais tranquilidade, e um racista na cadeia aguardando processo. Fomos, entramos e nos sentamos, e o mesmo funcionário de uniforme azul puído nos atendendo, pedindo desculpas e se desdobrando em atenção. </b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480054135312_2907" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480054135312_2907" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Depois de servidos, lhe perguntei quem era aquele sujeito "Lima Barreto" que dava nome à rua; ele começou a contar a vida do Lima, falando da doença do seu pai, da mudança para a Ilha do Governador, depois para Todos os Santos, ali bem ali mais acima da esquina, mas o Preto Velho interrompeu-lhe mostrando o livro Bruzundangas, e dizendo "aqui está a história dele...!"</b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480054135312_2907" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_1_1480054135312_2907" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Olhando para os dois ao mesmo tempo, aproveitei para inquirir ao garçon por que agira daquela forma "racista" com o nosso amigo, e ouvi-o explicar envergonhado, que "cumpria ordens, o senhor sabe comé qui é..." e informou que às vezes embrulhava comida e dava para o "Lima Barreto" apontando para o meu amigo Preto Velho, que confirmou, reafirmando inclusive que seu nome na rua era Lima Barreto.</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-33720499472907734412016-10-29T19:44:00.001-02:002016-10-29T19:46:33.020-02:00Amor de Mãe - Cronica * Antonio Cabral Filho - Rj<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Amor de Mãe</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXP7CBHc6B9wx3SqerSFPrsc9G5MyXY6jG-S90bHjmSdu2ngJrmQfrd_va5Mdl6GNXUiKWYDU16crVaogPJ-a-Vj3BnGTSOuJl4gNAkoap3Z0A-1OT1z_qyXN3C35coKRwHowpys20vF4/s1600/pinterest.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXP7CBHc6B9wx3SqerSFPrsc9G5MyXY6jG-S90bHjmSdu2ngJrmQfrd_va5Mdl6GNXUiKWYDU16crVaogPJ-a-Vj3BnGTSOuJl4gNAkoap3Z0A-1OT1z_qyXN3C35coKRwHowpys20vF4/s400/pinterest.jpg" width="298" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>*</b></span></div>
<div id="yui_3_16_0_ym19_1_1477767737154_4066" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Sempre que o sol se punha, de manhã ou de tarde, meu pai dizia: 'Vamos que é hora da onça beber água', e lá íamos nós esgueirando por entre o cipoal da floresta, evitando ruídos até deitarmos sobre uma imensa pedra que fica acima da nascente da serra, onde a bicharada vem beber água. Raposa não; não matávamos porque não tem carne. Lobos, às vezes, se estiver gordinho. Pacas, sempre, pois se alimentam de raízes leguminosas e é uma carne gostosa. Tatu, só quando entocado, pois em campo aberto ninguém lhe pega, graças ao casco que lhe permite camuflagens e às dificuldades para agarrá-lo. Cutia? Cutia também não matávamos não; é pouca carne. Catitu, é um caso a pensar, se estivermos bem entocados o suficiente para recolhê-lo antes que a manada chegue, pois é costume da família comer o corpo do ente morto para o mesmo não ser comido por outros animais. Onça, ah! Onça, é bom demais matar uma, mas tem que ser com um tiro fatal, de preferência na testa enquanto ela está de cabeça baixa bebendo água. Cai no ato. Aí tem-se que ter o cuidado de dar um tempo pra ver se não aparece companhia, senão vai virar tira gosto...</b></div>
<div id="yui_3_16_0_ym19_1_1477767737154_4066" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_ym19_1_1477767737154_4066" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Era sempre assim. Às vezes, ficávamos horas a fio, tocaiando, esperando, conversando monossílabos, fazendo gestos, assuntando os ruídos da floresta, assovios de cobra, principalmente cascavel. Ela imita os assovios de outros bichos para atrair presas desavisadas e caçá-las. Mas, às vezes, ouvíamos orquestras de assovios! Era a macacada. Grunhidos dos machos dominantes, se destacavam dando ordens, alertando para os perigos. Eles vinham na frente, examinando o caminho; outros ficavam nas copas mais altas das árvores, para ordenar a retirada em caso de ataque. É uma verdadeira organização militar e que não deixa de ter sentido. Verificam a fonte, estudam o terreno e depois de convencidos da tranquilidade, liberam o consumo e o banho. Aí é como dizemos nos ditados populares: "festa da macacada". Uma algazarra das mais barulhentas, o que acaba por atrair predadores, todos os carnívoros, que atacam e, geralmente, com sucesso, devido ao pânico generalizado. Raposas, lobos, catitus são seus piores inimigos, são carnívoros vorazes, e seus ataques são precisos, pois destroçam a vítimas em poucos minutos. </b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_ym19_1_1477767737154_4066" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_ym19_1_1477767737154_4066" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Mas a exceção são as macacas, que nunca expõem os filhos ao risco. Elas esperam lá do alto das árvores, com eles nos cangotes, acarinhando-os, catando piolhos, lambendo-os para contê-los, fazendo pequenos grunhidos como se estivessem falando com eles alguma história, e estão. Ficam lá até tudo se acalmar, e todo mundo ir embora, quando examinam os arredores e, se comprovar que não há surpresas, elas descem e bebem água, se banham, e então chamam os filhos para se servirem. Depois, poem-nos ao pescoço e saem voando de árvore em árvore, rumo local de repouso da manada.</b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_ym19_1_1477767737154_4066" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_ym19_1_1477767737154_4066" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>Certa vez, eu e meu pai estávamos deitados sobre a pedreira e avistamos uma macaca imensa sentada no galho do carvalho, comendo castanhas junto com o filhote e tão logo nos notou, colocou-o sobre os ombros e continuou saboreando as castanhas. Aí meu disse-me "aponte a arma para ela, mas sem atirar" e apontei. Rapidamente, ela pegou o filhote e colocou-o à frente dela. Então contive a espingarda e olhei para papai, que fitou-me rindo e disse interrogativamente "viu". Perguntei-lhe por que ela fez aquilo e ele respondeu-me: Pediu clemência, demonstrando que tem um filho para criar. Mas como ela bolou isso? Interroguei confuso e meu pai explicou, ao longo da caminhada pra casa, que os animais também são inteligentes e nós é que não alcançamos o modo deles se comunicarem, que isso é uma deficiência nossa...</b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_ym19_1_1477767737154_4066" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_ym19_1_1477767737154_4066" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
<b>E hoje, à tarde, enquanto o sol caía, fui passear no bananal e fiz o mesmo gesto com meu neto, e ao ver as suas dúvidas sobre os macacos comendo nossas bananas, sugeri que apontasse a espingarda para uma macaca com seu filhote no cangote, e ele fez-me a mesma pergunta que fiz a meu pai. Mas diferentemente da primeira vez, desta notei, talvez dada a proximidade, que a mãe macaca chorava.</b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yui_3_16_0_ym19_1_1477767737154_4066" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; padding: 0px; text-align: center;">
*</div>
</div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-35392469230811173972016-10-20T06:42:00.002-02:002016-10-20T06:53:25.851-02:00Orquestra de Cabaças - Crônica * Antonio Cabral Filho - Rj<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Orquestra de Cabaças</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE2TAxcLUVByxac832o9lwdk-Qq2HFt9Bc9gqTSWHeLvNE6PgnWpCgQw_1zfzEFrfOEMBM7Dx06TddSdJLBJ9YTV_-BwLL-jtIEIdWnVzKsDtU4kqAB8q-zADhXB_Q2M5yEXIlZjvGPnI/s1600/berimbau-antigo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE2TAxcLUVByxac832o9lwdk-Qq2HFt9Bc9gqTSWHeLvNE6PgnWpCgQw_1zfzEFrfOEMBM7Dx06TddSdJLBJ9YTV_-BwLL-jtIEIdWnVzKsDtU4kqAB8q-zADhXB_Q2M5yEXIlZjvGPnI/s320/berimbau-antigo.jpg" width="320" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>*</b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Orquestra de Cabaças<o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Não sei como é a vida de quem nunca vivenciou um
golpe, seja do tipo militar, como em abril de 1964, feito pelos militares
brasileiros, em nome da moral e dos bons costumes e contra o “comunismo”. Seja
do tipo civil-delinqüente, realizado pela nata da corrupção, a serviço do
capital financeiro internacional, apátrida e inescrupuloso, a ponto de
contratar mercenários da laia de um josé serra servo da vagabungem, de aécio
trombadinha cocaineiro neves, de eduardo cunha quadrilheiro evangélico das
contas secretas nos paraísos fiscais, de michel temer cabeça de ponte bola da
vez, de mágicos fernandos henriques dos clubes secretos de investidores e
consortes da ratazanada sedenta por uma migalhasinha das mesadas do
imperialismo capitaneado pelos USA de Barac Obama e CIA. Sinceramente, não sei.
Não sei como vivem pessoas que se dizem neutras, independentes, alheias,
odiadoras da política, mas que estão sempre dizendo que “devemos esperar, dar um
voto de confiança ao homem, que devemos pensar no país, parar de viver
criticando” e outras idiotices de gente covarde.<o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Mas sei e muito bem como é a vida de quem sempre teve
o lado definido em qualquer conjuntura política nacional ou internacional. Sei
como é a vida de quem sempre esteve do lado dos explorados, do lado do seu
país, e contra quaisquer interesses anti –patrióticos, anti – proletários, anti
– povo, anti – trabalhadores, anti todos aqueles que suam as camisas para ter o
pão-de-cada-dia sobre a mesa dos filhos. <o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Digo isso para chamar a atenção de quem neste momento
ESTÁ A FAVOR DO GOLPE, porque está cometendo o mais horrendo dos crimes, está
matando os próprios filhos e atirando os cadáveres dos seus antepassados aos
urubus, está tomando a mais triste das atitudes e faz isso em nome do combate à
corrupção, mas ignorando todo o papel das elites políticas e econômicas, não
apenas nacionais, que sempre sugaram a força de trabalho brasileira e as
riquezas deste país, sejam aquelas produzíveis sobre o solo, sejam as riquezas
encontráveis no subsolo nacional, como o PRÉ SAL.<o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Faz-se necessário ter em conta de que tanto o petróleo
brasileiro, como o pré-sal, são riquezas nacionais, que pertencem ao povo
brasileiro, fazem parte do patrimônio desta nação, e que por direito
inalienável, não podem ser entregues nem vendidos a nenhuma empresa, seja
nacional ou estrangeira e muito menos ao controle externo de governo nenhum, e
sequer aos USA. Quem duvidar destas palavras, consulte a Constituição de 1988.<o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Digo mais, a quem nunca vivenciou um golpe, que
ninguém precisa arrancar dente para saber que dói, como também não precisa ter
trabalhado em troca do salário mínimo para saber como é a vida do trabalhador;
basta verificar o poder de compra daquela quantia no momento exato. Da mesma
forma, ninguém precisa ser burguês para saber o que é explorar a mão de obra
alheia, apesar de haver muito infeliz dono de uma empreseca que paga tão mal a
seu funcionário como qualquer grande grupo econômico, ou o contrário: há muito
trabalhador qualificado ou não que se acha patrão, e humilha, maltrata, ofende,
e até bate em colegas de trabalho por se sentir poderoso dentro da empresa em
que trabalha, ignorando que um processo contra a empresa por maus tratos a um
funcionário vai atingi-lo em cheio, quando a mesma tiver que pagar as
indenizações pelos crimes cometidos por ele.<o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Essas questões que estou colocando são o chão sobre o
qual avança a passos largos o GOLPE DELINQUENTE NO BRASIL, que começou com o
rol de acusações infundadas à presidenta eleita Dilma Roussef e se aprofunda a
cada dia com novos atos, cada qual deles mais GOLPISTA, e que exigem uma
resposta cada vez mais contundente de todo o povo, independente de partidos,
para dar fim a esse caos, mas necessariamente dos mais humildes, de todos os
trabalhadores qualificados ou não, pois todos, sem tirar nem por, estamos sob a
mesma mira: a miserabilidade total.<o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b><br /></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Gostaria que observassem os passos do escroto interino
na presidência da república, vejam que até agora, só foi recebido com pompas
pelo governo japonês, que é um dos insufladores do golpe desde o primeiro
momento, junto com USA/Barac Obama e nos demais lugares aonde tentou posar de
galã, foi rechaçado. Vide reunião da ONU e dos Países Ricos. Observem também
seu comportamento interno, que apesar de toda a sua rejeição pessoal, o seu
partido fez a maioria das prefeituras e vereadores nas eleição de 3 de outubro,
apesar de todas as denúncias de manipulação da urna eleitoral, que a cada dia a
sua rejeição fica mais visível até para seus bajuladores espontâneos – aquelas
pessoas miseraveisinhas que não ganham mais do que pé nas bundas e continuam
elogiando – o. É patente que a sua política de arrocho já chegou aos bolsos da
classe média, que vai pagar mais imposto de renda no próximo exercício, e que o
povão em geral vai comer muito menos do que até agora.<o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b><br /></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Bom, essa política GOLPISTA só tem um pé em que se
sustentar: é na fascistização do regime político daqui por diante. Ele terá que
fechar a sociedade dentro de um regime de exceção mais do que já está e passar
a impor seu estado de sítio, a exigir que a sociedade cumpra as suas ordens,
tais como não usar a palavra GOLPISTA, como ele se pronunciou na posse de
GOLPISTA OFICIAL, e ditar que todos terão que bater-cabeça para ele quando ele
quiser platéia para aplaudir seus discursos de farsante. <o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt;"><b>Quem não vivenciou esse tipo de coisa, infelizmente
não sabe do que estou falando. Claro. Vamos dar um desconto. Baba ovo de
GOLPISTA desinformado é um bosta mesmo. Mas eu vou refrescar-lhes a memória,
vou contar-lhes um caso de 1964. Nessa época, eu tinha 11 anos e acabava de ser
matriculado na escola de meu povoado, construída em mutirão sob as ordens dos
golpistas, para dar a impressão de que eles eram a favor de nós, o povão.
Faziam discursos de todo tipo, acusando os “comunistas” de nunca terem erguido
uma escola para nós. Nos deram material escolar carimbado” Aliança Para o
Progresso”, vindo dos USA, ganhávamos cestas básicas com leite em pó carimbado
“Aliança Para o Progresso”, livros e mais livros, cadernos e mais cadernos,
cartilhas de alfabetização, tudo com o carimbo “Aliança Para o Progresso”.
Muito bom, até aí, tudo bem. Qual o problema da origem das doações?
Aparentemente, nenhum. Não iríamos ligar mesmo para isso. Mas viriam os
resultados: logo começou uma campanha contra os sindicatos, na maioria, de
trabalhadores rurais, de que eram insufladores de guerrilhas, de comunismo, de
que recebiam dinheiro – ouro de Moscou – da URSS – União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas, ou seja, eram acusados de serem agentes estrangeiros
encarregados de derrubarem o regime em prol do comunismo no Brasil. Os padres que
realizavam trabalhos de catequese e alfabetização pelas fazendas a fora, foram
todos expulsos da região acusados de comunistas e em seus postos, foram assentados padrecos a
serviço do latifúndio, todos fazendo homilias a favor dos milicos e dos
fazendeiros. E passaram a fazer
comemorações de todo tipo para envolver o povo. O calendário cívico nacional,
com todas as suas datas comemorativas, passou a ser divulgado na escola e em
todas as igrejas, com algumas fazendas fazendo uma espécie de sarau aonde se
propagava as datas cívicas, com apresentação de música e poesias. Pasmem! Mas o
melhor ficou por conta do sete de setembro de 1964. Ninguém na região ligava
para essas datas. Bobagem! Diziam aqueles caipiras mais renitentes. E os
puxa-sacos de plantão tinham que encontrar um jeito de fazer uma PARADA digna
desse nome, tinham que reunir o máximo de gente, tinham que trazer a criançada
uniformizada de azul e branco na frente, feliz e sorridente, todo mundo batendo
percussão e tocando algum instrumento musical. Foram arranjados um monte de
caminhões cobertos de lona para buscar o povo lá nas fazendas, de repente
apareceram professores de música para nos ensinar a tocar para embelezar a
PARADA, a cozinha da nossa escola virou
o restaurante da multidão – lanche para todo mundo o tempo todo, a nossa escola
virou um acampamento dos mais numerosos que eu já tinha visto, mas mesmo com
todo esforço dos GOLPISTAS DE PLANTÃO, os instrumentos musicais foram
insuficientes para completar uma banda e foi necessário a criatividade popular,
a cultura do povo teve que ganhar o seu espaço e provar a sua superioridade: um
mestre de catira bem roceiro, analfabeto até a alma, falou para um PROFESSOR
GOLPISTA: nóis pode pô cabaça nessa orquetra? É claro que o dito cujo ficou
sisudo, deslocado, sem saber o que fazer dos cascos, até perguntar entalado:
“Mas como?” Aí o mestre catireiro respondeu: “Nóis fais a percussão de cabaça e
ocêis toca suas cordas...” Refeito do estranhamento, o professor GOLPISTA
propôs um ensaio. É aí que eu entro. O Mestre Tião disse ao Maestro Professor
Golpista que eu iria trazer uns burros carregados de cabaça e que ele iria
treinar a meninada na lida com elas. Assim ficou acertado. Treinamos várias
vezes separados, até acertarmos os compassos, aqueles tempos entre um
instrumento e outro. Depois fomos ensaiar junto com os instrumentos de corda,
de sopro, e sanfonas. No início, só fazíamos a marcação, ocupando o lugar do
bumbo, depois na passagem das cordas para os outros instrumentos, nós fazíamos
um ripique. Bom, dizer que foi um grande sete de setembro, não. Dizer que foi a
PARADA dos sonhos dos GOLPISTAS, também não. É que houve um incidente em que
eles viram a sua rejeição: a única parte da apresentação da orquestra na qual o
povo se levantou para aplaudir, foi a apresentação da criançada tocando cabaça.
Mas sabem por que: os instrumentos grã-finos foram todos colocados nas mãos dos
filhos da elite do lugar: os fazendeiros. E como a massa era a maioria, nós
arrebentamos.<o:p></o:p></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>*</b></span></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-48075632778772693892016-10-17T12:39:00.001-02:002016-10-18T03:12:40.293-02:00Economia Política da Latinha - Crônica * Antonio Cabral Filho - Rj<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Economia Política da Latinha</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij8cFSQFhSduEqqWm5KIXtP9kHB8WHHsGPIy0EgDbI6b7_8ATSqu1dLyw5EIHKAFwWq2zmCwitjY6ELnPT5g4ON5223qSAqJ43G39tjC_XB-7jcA-zpBX-1BgttOmfW3GNj63JBBQR8uo/s1600/assismetais.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij8cFSQFhSduEqqWm5KIXtP9kHB8WHHsGPIy0EgDbI6b7_8ATSqu1dLyw5EIHKAFwWq2zmCwitjY6ELnPT5g4ON5223qSAqJ43G39tjC_XB-7jcA-zpBX-1BgttOmfW3GNj63JBBQR8uo/s320/assismetais.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
(Foto: assis metasi )</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;">*</span></div>
<div id="yiv1710579169" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: HelveticaNeue, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 16px;">
<div id="yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_10353" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<div id="yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_10352" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px;">
<div id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b id="yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_11902" style="-webkit-padding-start: 0px;">Economia Política da Latinha</b></div>
<div id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b style="-webkit-padding-start: 0px;"><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b id="yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_11901" style="-webkit-padding-start: 0px;">Quem anda pelas ruas das grandes cidades brasileiras, talvez por distração, não nota a economia mundial circulando ao seu lado, utilizando para isso uma das mais brutais formas de exploração, o trabalho braçal, quando homens que em sua maioria não possuem qualificação profissional suficiente para ocuparem espaço no mercado de trabalho formal, estão arrastando um carrinho de duas rodas chamado 'burro sem rabo' carregado até às nuvens com todo tipo de quinquilharia que lhe possa render </b></div>
<div id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b style="-webkit-padding-start: 0px;">algum trocado nas recicladoras. Ocorre que estas têm uma política de preço, em sua maioria, articulada com o preço de mercado internacional do produto em causa.</b></div>
<div id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b style="-webkit-padding-start: 0px;"><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b id="yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_11946" style="-webkit-padding-start: 0px;">No caso do alumínio, ele possui várias classificações, e, o mais caro é o tipo HG, que nem vale a pena se perguntar o que quer dizer. Mas deixa pra lá. Vamos apenas tomar um tipo como base para pensarmos o modo como as recicladoras explora os catadores. Esse tipo de alumínio está cotado hoje, 17 de outubro de 2016, a US$ 2.099.476 tonelada, o que em valores nacionais corresponde a quase 10.000,00 reais. Ou seja, a recicladora tem de rebaixar o preço do alumínio do catador para permitir-lhe elevar a sua margem de lucro no repasse para os exportadores. Por exemplo, em Jacarepaguá, oeste da cidade do Rio de Janeiro, o catador está recebendo R$2,50 por quilo de latinha, e esse preço permite que o seu comprador consiga até o dobro lá no repasse. Pensando bem, se ele conseguir operar com esse preço/kg, a tonelada sairá por R$2.500,00, ou seja, um quarto do preço de mercado internacional. Com essa base, ele tem maior margem de barganha com os exportadores. Quanto ele vai conseguir na revenda do alumínio, a gente não sabe. Mas o que a gente pode assegurar é que ele tem três vezes mais chances de conseguir um bom negócio. </b></div>
<div id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b style="-webkit-padding-start: 0px;"><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b style="-webkit-padding-start: 0px;">Mas nessa matemática financeira toda há um detalhe que dificilmente alguém percebe: é o fato de o catador estar informado da política de preços internacionais dos produtos por ele recolhidos, e mais, saber o que é uma commodity.</b></div>
<div id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b style="-webkit-padding-start: 0px;"><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b id="yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_11954" style="-webkit-padding-start: 0px;">Dia desses eu estava indo ao correio postar uns livros para clientes e me deparei com um catador orientando outro sujeito que me pareceu ser catador também e percebi que ele falava sobre essa política de preços internacionais. Segundo ele, o alumínio brasileiro estava perdendo para outros concorrentes devido ao fator processamento; que o alumínio brasileiro estava saindo daqui em estado bruto - matéria prima - enquanto nos demais países ele era prensado em lingotes, devidamente medidos e pesados, obedecendo a acordos entre os negociadores, o que agregava valor ao produto final. Nesse momento, o catador puxou do bolso uma folha de jornal, devidamente dobrada, abriu-a e mostrou para o outro as referências sobre os tipos de alumínio e os referidos preços por tonelada de cada um. Ambos se dirigiram para a lanchonete mais próxima, sujos e esfarrapados como estavam e pediram uma garrafa pet 2 litros de água. Se sentaram à mesa e começaram a debater os preços que recebiam por quilo de latinha catada.</b></div>
<div id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b style="-webkit-padding-start: 0px;"><br style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b id="yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_11956" style="-webkit-padding-start: 0px;">Achei aquela conversa dos catadores tão instrutiva que saí de perto deles com a cabeça devidamente mudada sobre o tipo de gente que cata latinhas, e agora sinto-me abalizado para considerar que não se trata de tabaréus ignorantes e burros, covardemente roubados pelos receptadores, mas convencido de que dependendo da conjuntura política internacional, podem até influenciar na política de preços locais, justamente por se tratar de pessoas esclarecidas e capazes de entender as relações sociais e a economia política em que estão inseridos.</b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b style="-webkit-padding-start: 0px;"><br /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yiv1710579169yui_3_16_0_ym19_1_1476708623660_8827" style="-webkit-padding-start: 0px; text-align: center;">
<b style="-webkit-padding-start: 0px;">*</b></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-31183301122197566012016-10-03T20:16:00.002-03:002016-10-04T08:56:33.474-03:00Somos Todos Ceciles * Antonio Cabral Filho - Rj<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Somos Todos Ceciles</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSpxAob8zyc-dD-TxtfR8Y2Gk-fR_c3FVYqwd7AeV6_my5R-jQMUfXycL35KqoIlYh8x0n_3kkfyro_5mhUK3D_dEG3XuqBV-EkTAlnWmbngHjtNNpv0WuZu1dgJIXCz4jQpZzViOxgks/s1600/zimbabwe_lion_killed__r.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSpxAob8zyc-dD-TxtfR8Y2Gk-fR_c3FVYqwd7AeV6_my5R-jQMUfXycL35KqoIlYh8x0n_3kkfyro_5mhUK3D_dEG3XuqBV-EkTAlnWmbngHjtNNpv0WuZu1dgJIXCz4jQpZzViOxgks/s320/zimbabwe_lion_killed__r.jpg" width="320" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>-Parque de Hwange - Zimbábue-</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>***</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Votei às 8.30 hs. Portanto, longe de qualquer chance de avaliar o resultado das eleições 2016.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Mas, cá, do alto da minha bestuntice mineira, eu dizia para os meus botões que o Crivela ganharia, que submeteria a cidade a um banho de fogo, o qual ele chamaria de sagrado, que as bocas-de-fumo, as vielas do baixo meretrício, os inferninhos da bandidagem e todos os locais eleitos pela sanha do crime organizado seriam elevados à categoria de "lugares santos" e legalizados para alegria e júbilo do "Senhor", não Jesus Cristo ou Deus, mas o Bispo Macedo, desde que chegassem juntinhos com os seus respectivos "mensalões" promovidos a DÍZIMO. </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Matutei também sobre suas alianças, não com as outras correntes religiosas, buscando construir um "Estado Islâmico Evangélico", uma espécie de WASP ( White=branco; A=anglo; S=saxônico; P=protestante) norte-americana, para implantar algum tipo de terror inédito, mas sim com as construtoras, sobretudo aquelas mais envolvidas nos mensalões da Lavajato, que seriam todas convocadas, às pressas, para construir catedrais, catedrais enormes, de arquitetura futurista, em padrões nunca vistos, todas devidamente superfaturadas, para o bem da sua igreja e felicidade geral de tantos bispos. E,como conheço bem o seu ódio a esta cidade maravilhosa, presumo que reuniria todos os seus bruxos-milagreiros e invocaria todos as forças das profundezas, em mais uma daquelas demonstrações de força, concentrando milhares de fiéis em alguma via pública estratégica para o trânsito, de modo a engarrafar toda a cidade, causando o máximo de desconforto a todos, independente de ser quem o elegeu ou não, tudo, só para evocar as "forças superiores" a mandarem sobre nós o mais tenebroso temporal de desgraças, promovendo a miséria mais horrenda através da distribuição de pragas apocalipticas das mais assustadoras.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Mas chega o meio-dia. Constato pelo noticiário o que meus instintos de matuto anunciaram: ele está liderando as intenções de voto nas pesquisas de boca-de-urna, bem seguido pelo PP bad-boy e por Rambo Mary Juana. "Não falei?!", disse o Caboclo Dorme-em-pé, confirmando meus prenúncios.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Decido ir procurar o que fazer, </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>arrumar algo pra ocupar a minha cabeça e vejo a caixa do dvd O Grande Ditador, do Charles Chaplin. "UM!", gritou meu caboclo, e fui ver o filme. Enquanto isso, o Caboclo Dorme-em-pé me dizia que a cidade, talvez o país, caísse no mais tenebroso degredo de que se tem notícia, desde o fatídico 1º de abril de 1964, quando os milicos deram uma "noite de São Bartolomeu" ao povo brasileiro, repetida, como ópera bufa, em 31/08/2016, no impeachment de dilma lula pt, que agora se espraiaria por todo os país, como um apocalipse tsunâmico, a partir da Cidade Maravilhosa...</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Acabou filme e fico desolado... Não consigo crer em nada do que se passa em minha mente. Resolvo desligar tudo e ir dormir, pois preciso trabalhar mais tarde. </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Dia seguinte, segunda-feira, sete horas, confiro os noticiosos. "Não falei..." diz o profeta Caboclo Dorme-em-pé; que será de nós, e lembro-me do leão africano do Zimbábue, morto por um turista gringo, sem expressar a menor ameaça ao energúmeno, por se tratar de animal adestrado. Cecil era seu nome, tinha 13 anos, uma das estrelas da Parque de Hwange, morto por Walter Palmer, e meu subconsciente Caboclo Dorme-em-pé questiona "vamos todos ficar esperando algum Walter Palmer caçar-nos?..."</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">*</span></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-65229028271556284342016-09-29T14:34:00.003-03:002016-12-15T18:56:03.302-02:00Palavrinhas Sobre "Seu Romildes" - Crônica * Antonio Cabral Filho - Rj<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Palavrinhas Sobre "Seu Romildes"</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibIPvpQOa6QT5qojWcM52_RhbLs9aCDxNuT8B129u4_q23jXZTy3wnnxi3QgPbB16ZaqVa22oj4tjkoUtV2FoY210KTv3sVWtbV4N8HNnJYu13DfP9-aOrNgSxxemXxBcee4VU17PZl8k/s1600/m+meirelles2012.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibIPvpQOa6QT5qojWcM52_RhbLs9aCDxNuT8B129u4_q23jXZTy3wnnxi3QgPbB16ZaqVa22oj4tjkoUtV2FoY210KTv3sVWtbV4N8HNnJYu13DfP9-aOrNgSxxemXxBcee4VU17PZl8k/s320/m+meirelles2012.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>(Foto: blogdoautor)</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Conheci "Seu Romildes",</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b> como aprendi a chamá-lo, nos tempos de seus programas de rádio sobre poesia, junto com Antonio Cerqueira Lima, nas Rádios MEC e Imprensa. Foi ali por volta do final dos anos noventa, quando eu juntava meus bandos subs da periferia pra sair por aí assaltando eventos alheios com recitais penetras, como éramos tratados. É que devido a repressão que se abateu sobre a cultura nesse período, com o fim dos suplementos literários, das revistas culturais, como Escrita, José, Ficção, Inéditos etc, só restou aos poetas irem para a rua e botar as bocas no trombone.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFiqD6ZawI4nZRul40oIo8ENyHDeg3IJ8ZTM2B4N1REi4g8knlrC5h0geSVJbP_o4c_mpA0xDKK4H-GOzn7xmQE2Hx__f32-dRQxVP9rbVzt4bt2ZoFAk383Y1KSOpGuQ9CYdirgfoDio/s1600/IMG-20160918-WA0006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFiqD6ZawI4nZRul40oIo8ENyHDeg3IJ8ZTM2B4N1REi4g8knlrC5h0geSVJbP_o4c_mpA0xDKK4H-GOzn7xmQE2Hx__f32-dRQxVP9rbVzt4bt2ZoFAk383Y1KSOpGuQ9CYdirgfoDio/s400/IMG-20160918-WA0006.jpg" width="225" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
(Foto:Acervo da família)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Numa situação dessas, os programas deles funcionaram como válvulas de escape para a poetada jovem e rebelde, oriunda da poesia marginal da década anterior. Nós fazíamos plantão nas ante - salas das rádios e ficávamos torcendo para conseguir uma chancesinha de falar um poema ao microfone dos seus programas. Aquilo era quase como um "boom" de repentino sucesso para todos nós.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>O certo é que quando conseguíamos, saíamos de lá festejando rua afora, tomando vinho barato nos arredores do Campo de Santana, quando não era caipinha caubói na Central do Brasil mesmo. Dalí, nos despedíamos e rumávamos para nossos destinos.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Eu, morava em São Gonçalo, e arrastava comigo uma trupe muito boa de agito, tanto em termos de qualidade poética como de coragem para transformar qualquer local num palco de sucesso. Vou citar aqui, a título de ilustração, o meu amigo Denoir Souza, morador do Bairro Porto da Pedra, bem ao lado da escola de samba. Lá nos reuníamos para planejar novos assaltos líricos, munidos de poemas manuscritos em folhas de caderno. E foi num momento inesperado que tomamos conhecimento do Festival de Poesia da Porto da Pedra. Marcamos que iríamos "prestigiar" o evento e só esperamos os jurados "cantarem a pedra" sobre os resultados que daríamos inicio a mais um happining lírico, ao estilo heppie dos anos beatlemaníacos. </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>"Seu Romildes" e Antonio Cerqueira Lima saíram rumo à capital fluminense e nós ficamos lá com nossos copões de caipvodka noite a dentro. O calçadão da escola ia lotando e, volta e meia, alguém de nós circulava entre os presentes recitando algum poema bem agitativo ao estilo Cântico Negro de José Régio, ou qualquer um de Torquato Neto ou de Eduardo Alves da Costa.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Não posso menosprezar nada do que fizemos. Bem ou mal, o saldo é que ficamos conhecidos. Mas hoje essa alegria se restringe a sentar para tomar um vinho com mais cautela e mais exigências no trato com a poesia, coisa que aprendemos com a dupla de poetas que agitou nas frequências "curtas" ou moduladas muito mais do que nós pelas vias públicas.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>No entanto, seja pelas rádios ou nos festivais de poesia das periferias, lá em São Gonçalo, ou em Jacarepaguá com a Casa do Poeta, "Seu Romildes"e Antonio Cerqueira Lima estão marcando presença, agora, nos festivais da poesia eterna de Nosso Senhor lá no Céu. O Cerqueira, como era carinhosamente denominado pelos mais íntimos, partiu com passaporte carimbado em 01/09/2016. Foi adiantar os trabalhos para a chegada do mestre Romildes de Meirelles, que recebeu seu visto no dia 11 de setembro presente.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Ninguém pode fazer ideia da envergadura dessas perdas, que para mim são comparáveis apenas à subtração sofrida por todos com a ausência de um grande agitador cultural dos anos noventa; seu nome:</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShXqtzptqorfq0_Q9OIOOCGREC1ad8t7deCEEAS3clJD1BO2JWqrDpiK4fSOa9SLBVzHrzAO6CRZC1QonGBcmaYbZA_smmiMqEnbrRLWbwyFzyaCuxQnHrSPEVxCp1C0b6X0nMKo84OE/s1600/fcoigreja.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShXqtzptqorfq0_Q9OIOOCGREC1ad8t7deCEEAS3clJD1BO2JWqrDpiK4fSOa9SLBVzHrzAO6CRZC1QonGBcmaYbZA_smmiMqEnbrRLWbwyFzyaCuxQnHrSPEVxCp1C0b6X0nMKo84OE/s320/fcoigreja.jpg" width="290" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b> Francisco Igreja. Foto:APPERJ</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>*</b></span></div>
</div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-55253930301342531682016-09-17T00:00:00.000-03:002016-09-17T00:00:17.869-03:00Escândalos Eleitorais * Antonio Cabral Filho - Rj<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Escândalos Eleitorais</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGNLUTNEhl1GOUFAIrjDfueVB8KICpdGl313CNnYO3sp3G1h3Vv0_4qMjmE06zJlCQ7qfZKOreRYAF28RlNmvsutDUym9h32wZmCBbGcDijsTbdX9opw4aDb_p7V3xq-xzP-OmDcvT9Og/s1600/urna1.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGNLUTNEhl1GOUFAIrjDfueVB8KICpdGl313CNnYO3sp3G1h3Vv0_4qMjmE06zJlCQ7qfZKOreRYAF28RlNmvsutDUym9h32wZmCBbGcDijsTbdX9opw4aDb_p7V3xq-xzP-OmDcvT9Og/s400/urna1.gif" width="400" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Meus amigos,</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>urna vota? Claro que não. Computador erra? Também não. Então o que explica os escândalos eleitorais, a eleição de pessoas estranhas ao eleitor, sujeitos que nunca apareceram na sua esquina e de repente, estão lá no parlamento nos representando? Quem pode responder a isso? Nós, os simples mortais? Não. Os candidatos ditos gente de bem? Muito menos. As autoridades do TRE - Tribunal Regional Eleitoras? Também não. Porque nós, os simples mortais, não conhecemos a engenharia do processo de apuração, não somos abalizados no conhecimento de informática o suficiente para poder nos intrometer nessa puáia toda e desmascarar quem quer que seja. Os candidatos, nem pensar, pois vão advogar em causa própria, defendendo os seus interesses. O TRE muito menos, porque mesmo sendo o responsável por toda a organização das eleições, não dispõe de gente o bastante para dar conta de tanto trabalho e é aí que mora o perigo: em todas as eleições, o TRE convoca voluntários cadastrados de diversas maneiras, seja por indicação de seus próprios membros, seja através dos partidos. E quando chega na hora de apurar os votos, sempre aparece um bacaninha afilhado de poderoso que "aceita" arcar com a pesada tarefa de ficar lançando dados noite adentro a título de colaboração espontânea. Mas, a serviço de quem? Quem é que paga o seu jantar no meio da madrugada vindo num carrão com motorista e segurança ostentando a embalagem do restaurante granfino? São dúvidas e perguntas como estas sem respostas de ninguém que encobrem todo o esquema da corrupção eleitoral e permitem a eleição do Seu Fulano, que nem precisa fazer campanha eleitoral, pois o seu voto foi comprado a peso de ouro e o seu mandato é garantido, exatamente, lá na apuração. É nesse momento que tudo ocorre sem choro nem vela, pois os fiscais de partidos são todos coniventes entre si em função dos mesmo interesses, ou seja, se eu puder aumentar, no momento da digitação, a votação do meu candidato, por que não fazê-lo, se ninguém pode impedir? Afinal, o computador não está na minha mão? Eu não posso fazer o que eu quiser? </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Enquanto pensam nisso, vamos lembrar um pouco da história. Em 1982, houve a primeira eleição direta para governador desde o golpe militar de 1964. A disputa não poderia ser fácil, com a ditadura de um lado, no PDS, Partido Democrático Social, encabeçado por ninguém menos que o hoje dito democrata Moreira Franco e na sua oposição o famoso líder trabalhista Leonel de Moura Brizola, do recém - criado PDT - Partido Democrático Trabalhista. Finda a campanha eleitoral, fomos votar. </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Ninguém duvidaria da vitória da oposição, feita à base de denúncias contra os militares, contra a elevada dívida externa do país exacerbada por eles, pela anistia ampla, geral e irrestrita, por eleições gerais e pela constituinte. Naquela época, a apuração era manual, os votos eram cédulas de papel em que a gente marcava o candidato com uma cruzinha e se contava os votos majoritários - governador, por exemplo - primeiro e por último, senadores, deputados federais e deputados estaduais. </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Era uma loucura, porque se alguém acusasse alguma coisa como errada, tínhamos que recomeçar do zero. Então, o que acontecia? Ninguém punha dúvida em porra nenhuma, senão ia ficar a semana inteira naquela merda. Os partidos grandes, geralmente, dispunham de maior quantidade de pessoal e levavam vantagem em tudo, contava o voto dos outros para si e pronto. Ninguém dava conta de fiscalizar mesmo. Enfim, a fraude era resultado mais do cansaço das equipes de fiscalização do que propriamente do interesse por ela. Foi devido a isso que o TRE do Rio decidiu contratar empresa especializada em processamento de dados para otimizar a apuração. Naquela época, esse ramo de atividade era praticamente inexistente, ainda embrionário, e as poucas empresas do ramo tinham até dificuldade pra se manterem. Mas o TRE encontrou uma tal de PROCONSULT - já viu, né? - e a contratou para o serviço. Portanto, era de se esperar mais rapidez, eficiência, clareza na apresentação dos mapas da votação, pois se supunha haver gente a balde para realizar isso, mas que nada... A coisa ficou feia, piorou, a morosidade causou tensão, nervosismo, desconfiança, etc e tal mais o medo do jogo duro dos militares incrustados naquilo tudo, enfim, escândalo eleitoral! Sorte é que o Brizola salvou todo mundo, graças à sua coragem, desprendimento, espírito de nacionalidade, que convocou a imprensa nacional e estrangeira, e botou a boca no trombone, denunciou tudo, berrou pelos quatro cantos, meteu o dedo na ferida daquele câncer e apontou a fraude em andamento para eleger Moreira Franco e continuar a ditadura... A Rede Globo estava por trás de tudo, e a maioria dos líderes de audiência dos seus jornais ainda estão na ativa. Alguém conhece um tal de Merval Pereira? Pesquisem, verifiquem todos esses velhos jornalistas da Globo e verifiquem a participação deles no chamado Escândalo da PROCONSULT. Imediatamente o TRE apareceu para se explicar, a Rede Globo exigiu retração do Brizola, mas ele reafirmou tudo que tinha dito e pediu rigorosa investigação.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b> Foi o maior nervosismo que eu já tinha visto na minha vida de cidadão militante, porque ali podiam ter matado o Brizola, e aproveitado pra levar junto um monte de comunistinha como eu e tantos outros, que militavam o tempo todo contra a ditadura militar. Mas felizmente aconteceu o contrário: foi promulgado o resultado final das apurações e Brizola foi apresentado como o vencedor pelo TRE da ditadura militar assassina. Meu candidato, Lizâneas Maciel - pelo PT - ficou em terceiro lugar na votação, mas, sinceramente, eu fui comemorar junto com os brizolistas a vitória contra a ditadura. E os "ESCÂNDALOS ELEITORAIS" passaram à história eleitoral brasileira com o carimbo "Rede Globo". Confiram aqui:</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>1 - Observatório da Imprensa</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>http://observatoriodaimprensa.com.br/memoria/a-globo-e-a-proconsult/ </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>2 - Memória Globo</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>http://memoriaglobo.globo.com/acusacoes-falsas/proconsult.htm </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Bom, eu estou levantando essa bola toda apenas porque estamos na véspera de mais uma eleição. Todos sabemos como está o país, afogado em corrupção. Fraude de todo tipo, a ponto de o parlamento e o judiciário brasileiros serem os autores do golpe dado na Presidenta Dilma, eleita dentro da lei, baseado numa fraude, a tal da "Pedalada Fiscal", uma jogada financeira que vem desde o Império, quando o Rei, lá da Torre do Tombo, autorizava gastos a serem descontados no orçamento do ano seguinte. Esse golpe ficou mais explícito ainda quando no dia seguinte, o parlamento brasileiro transformou a pedalada fiscal em lei, provando que ELA não podia mas ellllles podem... Todos sabemos que nem está havendo uma verdadeira campanha eleitoral, pois não há sequer tempo hábil pra isso. Muitos candidatos são tão desconhecidos que até assustam a gente com seus santinhos esquisitos, saídos ninguém sabe de onde, e aquelas raposas velhas continuam falando tudo que já sabemos: mentiras. Mas o que vai acontecer? Não duvidem. Quem tiver "bala", vai se eleger, e digo bala em todos os sentidos, pois só na Baixada Fluminense já mataram uma leva de candidatos que disputavam o território do crime organizado. Portanto, meus amigos, estamos vivendo tempos profetizados por um mago chamado "Rede Globo", que arregimenta, direciona e dita o resultado, já dizia o anjo vingador Leonel de Moura Brizola.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiInZ_6VmsMgItV8GaRnYRHL2YLUWTWoqrJJ7mMwTR2U-iCCVK5_ujLegQ0kMtGxjmac9IFM_Of7HlNxA_EXXuhzL4gPSUGs3Di30coUHNG68sRHWjzZi95lEoByO7_sxyXn6cw__1CGeY/s1600/brizola.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiInZ_6VmsMgItV8GaRnYRHL2YLUWTWoqrJJ7mMwTR2U-iCCVK5_ujLegQ0kMtGxjmac9IFM_Of7HlNxA_EXXuhzL4gPSUGs3Di30coUHNG68sRHWjzZi95lEoByO7_sxyXn6cw__1CGeY/s1600/brizola.jpg" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>*********************</b></span></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-77747361467060774742016-09-15T21:21:00.000-03:002016-09-15T21:21:00.931-03:00O Lula, Mas o Lula * Antonio Cabral Filho - Rj<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>O Lula, Mas o Lula</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8dLvjLZIIs87eV8yfBaP6dyKWOen37S_3Dsx-be4XzvKWGqZgrk3mH1dcxJNbhLXkYRLjIaaDE2a2p18B1UzKlOSbfAqyABinZLYEOwgnpkqq6R6Tmv_mivFaZ0iHxNJTpwOB1qBjUTc/s1600/digitalizar0019.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8dLvjLZIIs87eV8yfBaP6dyKWOen37S_3Dsx-be4XzvKWGqZgrk3mH1dcxJNbhLXkYRLjIaaDE2a2p18B1UzKlOSbfAqyABinZLYEOwgnpkqq6R6Tmv_mivFaZ0iHxNJTpwOB1qBjUTc/s320/digitalizar0019.jpg" width="232" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>-metro-15/09/2016-</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Nunca perdi meu tempo em escrever sobre um político, logo como Lula, mas o Lula...</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">É verdade, me tira do sério. Não consigo entender como é que uma pessoa, como o Lula, herdeiro da tradição trabalhista perdida pelo PTB e PDT, se deixa chegar a tal ponto. Ele hoje é padrão de corrupto. Verdade tem que ser dita: ele nunca foi nem será "comunista", pois conta como vantagem as voltas que ele dava nos irmãos vendendo amendoim nas ruas de Santos - podem conferir lá no seu primeiro livro: Lula, o metalúrgico, Editora Nova Fronteira.</span><span style="font-size: large;"> Ganha do Maluf de décadas exibido pela mídia como o top da corrupção. Todos os vagabundos queriam aparecer ao lado dele porque era sinônimo de esperteza, cara inteligente, senhor de frases de efeito que qualquer pilantrinha da política saia repetindo, tais como "estupra mas não mata", "rouba mas faz" e </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 16.94px; line-height: 22px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Por amor a São Paulo” na coligação com o PT</span></span><span style="font-size: large;">"; respeitado pelos grandes "capos" das máfias e persona indispensável nos banquetes das elites, não só de São Paulo. E nenhuma comemoração da FIESP foi feita sem a presença desse "curinga..." </span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Na esteira desse rol, vem a pelegada sindical, tanto cutista como da velha guarda. Desde os tempos de "Joaquinzão" - velho pelego sindical aliado da direita, do patronato e da ditadura- que o sindicalismo brasileiro só produz vagabundos. Anote aí Luiz Antonio Medeiros e o Paulo Pereira da Silva, o atual Paulinho da Força. No Rio de Janeiro, o quadro não é diferente. A máfia dos pelegos sindicais é tão bem protegida pelos patrões que no início dos anos oitenta a operadora de caixa da livraria em que eu trabalhava atendeu um telefonema e mentiu dizendo que era uma certa "Dona Fulana", chefe do RH. Eu estava embrulhando uns livros para o Professor Leandro Konder, que aguardava ao lado quando ouvimos a voz dizendo "fala pro seu chefe aí demitir esse agitadorzinho comunista chamado Cabral senão nós vamos mandar os fiscais do Ministério do Trabalho passarem ai..." e desligou na cara dela. Nós ficamos rindo na hora, mas logo expliquei que era da "turma do Roma", pelego sindical que sugou os comerciários até se cansar.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>O pior é que esse tipo de sindicalismo já era poderoso antes do surgimento tanto do PT quanto da CUT. E o que causa mais revolta ainda é saber que quem esperava pelo nascimento de um sindicalismo essencialmente operário, construído e dirigido por trabalhadores, deu com os burros n'água, como eu. Não posso esconder que tirei do meu bolso passagem e comida não só pra mim para poder ajudar na derrubada de pelegos históricos daqui do Rio de Janeiro, como no caso dos bancários do Rio, dos metalúrgicos do Rio e de Niterói, dos hípicos do Rio, dos médicos do Rio, dos enfermeiros do Rio, e dos rodoviários do Rio e de Niterói. Nunca pleiteei emprego, mas quando eu vi um sindicalista construindo um casarão em São Gonçalo, Rio de Janeiro, eu me perguntei se ele teria dinheiro para aquilo e ao investigar melhor, soube que o "dissídio" tinha gerado um "pro labore" para cada um dos diretores tão elevado que dava pra fazer umas três mansões pra cada diretor do sindicato. Aí eu parei de militar em eleições sindicais e passei a trabalhar só nas organizações de base no sentido de fazer com que os trabalhadores percebam o que andam fazendo os seus diretores sindicais. </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Não demorou, e surgiu o Grupo 113, a verdadeira Articulação, grupo do Lula, e a "inquisição amarela" de perseguição às esquerdas dentro do PT e da CUT resultou na expulsão de todos as correntes políticas que tinham pensamento político realmente centrado na filosofia marxista, diferentemente da dita cuja, baseada na social - democracia e na teologia da libertação. Jamais vou acusar algum dirigente da Igreja Católica de ter influenciado no caminho seguido por Lula & Cia, porque acredito na sinceridade de propósitos de um Frei Beto ou Frei Leonardo Boff, mas não posso admitir que eles tenham se passado por inocentes úteis.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Hoje, quando vemos a situação a que chegaram Lula, o PT e a CUT, dá vontade de esconder a cara. Nem dá pra acreditar que já se tenha vestido as camisas, sacudido as bandeiras e gritado as palavras de ordem que foram referências desse conjunto histórico de forças políticas oriundas do movimento operário e popular surgido contra a ditadura militar, pelas eleições diretas em 1984 e pela constituinte em 1988.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Ninguém que nasceu de 1990 para cá tem como perceber a riqueza em termos de mobilização social, de percepção dos direitos individuais da pessoa humana, da ascensão das chamadas minorias ao cenário da cidadania, da chegada do negro, do índio, da mulher, dos deficientes e dos homossexuais ao patamar do respeito aos seus direitos, até porque toda a mobilização pela conquista desse padrão de cidadania se deu até à promulgação da Constituição de 1988.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Outra coisa que não dá pra entender é por quê o sujeito não se defende. Considerá-lo incompetente, fora de cogitação. Acreditar que ele seja inocente, idem. Mas então por que ele não encara esse tsunami de acusações e desmascara todo mundo de peito aberto? Medo, é sabido que ele não tem. Foi preso e perseguido durante a ditadura militar, curtiu 41 dias de cadeia com a massa na porta do presídio mantendo a mobilização pela sua liberdade, saiu de lá vitorioso, conhece muito bem a fome, tanto por necessidade financeira quanto por necessidade política, com as greves de fome das quais participou e fez tremer o Estádio da Vila Euclides coalhado de trabalhadores com os helicópteros do Exército Brasileiro sobrevoando o local. E mesmo quando perdeu várias eleições, o resultado político da disputa tornou-se vitória moral para ele, fortalecendo-o ainda mais, a ponto de fazer o seu principal arqui-inimigo FHC ser obrigado a lhe passar a faixa presidencial. Qual é o problema? Será o judiciário brasileiro? Eu dispensaria ele, e iria rumo à opinião pública, brasileira e mundial, e afogaria todo mundo com um banho de mobilização de massas, levando este país a mais uma constituinte, com um novo patamar de reivindicações de modo a aprofundar as conquistas sociais.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Mas ressoa em minha mente um ditado: quem cala consente. E se não se defende, tem conta no cartório. Sequer, aprendeu alguma coisa com Maluf e outros nobres da corrupção com os quais fez coligações e alianças. A dissimulação, o cinismo, o bom humor, as piadas espirituosas, tão características da corruptalha brasileira, não lhe serviram de nada. Lembra o aprendiz de feiticeiro, que foi fazer o curso de feiticeiro, tirou dez em todos os exercícios, foi um aluno brilhante, deu exemplos extraordinários, mas na hora da prova presencial, na frente da banca examinadora, quando deveria provar que realmente era feiticeiro, falhou, desapontou os seus mestres, envergonhou os seus colegas, fez a assistência emudecer, e foi obrigado a dizer que, realmente, não era feiticeiro, mas queria tanto, tanto, tando ser feiticeiro, que foi fazer o curso pra ver se conseguia... E, sequer, vai passar ao folclore político com alguma grandeza, digno de ser colhido por pelo nosso folclorista-mor Sebatião Nery.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>*</b></span></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-74232024706941967972016-09-04T12:11:00.001-03:002016-09-04T12:20:55.079-03:00Drogas Norteamericanas Contra o Comunismo * Antonio Cabral Filho - Rj<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Drogas Norteamericanas Contra o Comunismo</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmraXG7R3JiWtow_I4EZuqrf7SQ4339IBcno-9azxrDClFNwpKVQCt9g5UGAhIfUHDRSyKTVJGEzrUcPPhumst-pfj8SXP2doRO-rCe45miSBmeu_4PGfTVuHoGg400m4r19XrwuXBteM/s1600/Fidel-Castro-and-Marilyn-Monroe-37710.jpg" imageanchor="1"><b><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmraXG7R3JiWtow_I4EZuqrf7SQ4339IBcno-9azxrDClFNwpKVQCt9g5UGAhIfUHDRSyKTVJGEzrUcPPhumst-pfj8SXP2doRO-rCe45miSBmeu_4PGfTVuHoGg400m4r19XrwuXBteM/s400/Fidel-Castro-and-Marilyn-Monroe-37710.jpg" width="302" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Sabe-se publicamente que os USA </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>são o maior produtor de drogas do mundo. E mesmo não possuindo um só palmo de terra para produzir coca, maconha e papoula, é lá que se consome a maior parte da produção oriunda das suas colônias, localizadas na América do Sul e no Oriente. Mas é interessante observar que nenhum país não-alinhado com o Tio Sam produza drogas, pelo menos na proporção de seus aliados. É também o único país do mundo que desenvolve tecnologia de combate às drogas, e pra isso criou até um departamento chamado DEA. Mas o que mais estranha é que na maioria dos estados federados norteamericanos as drogas circulem livremente e inclusive são liberadas em alguns. Pode?</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b> Outra coisa que não dá para entender é por quê que quem não consome as suas drogas é tratado como inimigo da democracia, inimigo dos estados unidos, inimigo do consumismo, inimigo do mundo das oportunidades etc e passa a ser vítima de sua perseguição, que se consolida através da obrigação em aceitar refrigerantes químicos cocacola, roupas tipo jeans, cigarros tipo holliwood e prostitutas sempre louras, apresentadas como socialaites topmodels. Sem querer ofender a memória de Marilyn Monroe, mas ela representa isso. Seu rosto foi estampado na propaganda norteamericana como namoradinha de Kenedy e sonho de todo macho, geralmente trajando vestes com as cores da sua bandeira.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Isso foi o padrão até à guerra do Vietnam, após as históricas invasões de Cuba, São Domingos, Guatemala e Bolívia pra fuzilar o Chê. Só não funcionou contra o comunismo fidelista, pois o Comandante Fidel operou diretamente de seu tanque a derrubada dos aviões do Tio Sam. Essa operação entrou para a história denominada Invasão da Baia dos Porcos, e ficou registrada pela Batalha de Girón, em 1961, quando a CIA, polícia política dos USA, recrutou e treinou uma escória de cubanos anticomunistas com o objetivo de invadir Cuba e matar Fidel. Desde então a ideia virou estigma e as brigadas de assalto contrarrevolucionárias foram trocadas por ataques diretos do Governo Norteamericano através de tropas especiais, como ocorreu com Granada em 14 de outubro de 1983. A partir de então, as operações militares norteamericanas viraram seu instrumento diplomático mais eficiente. Quer um exemplo? A invasão do Iraque. Quer mais? A invasão da Líbia. Se precisar de mais, lembre-se da busca a Osama Bin Laden, no Afeganistão, com ataques a residências civis e matança indiscriminada.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Bom, mas as drogas norteamericanas veem se sofisticando e o que antes era realizado clandestinamente, agora passou para o palco e à frente dos olhos do mundo todo. Uma canecada de ayahuaska daquelas...Ninguém pode mais ignorar o papel retrógado desenvolvido pelo Tio Sam na busca do lucro. Não importam fronteiras nacionais, estado de direito, democracia, divisas nacionais, países constituídos de forma republicana, com eleições livres e diretas, constituições aprovadas inclusive com referendum popular; nada. Tudo isso é tapete para seus objetivos. Portanto, vejam a nova realidade do cone sul americano, onde países abertamente democráticos, em que todos poderiam disputar hegemonias, são abruptamente atacados por quadrilhas formadas por nobres representantes do capital apátrida, a mais recente droga norteamericana, e golpes são efetuados com requintes de banquetes, como ocorreu na Argentina e no Brasil. Incrível é que só não funciona contra Cuba... mas o povo cubano é cubano.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>*</b></span></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-67099860702165086922016-09-03T23:39:00.003-03:002016-09-04T10:26:30.855-03:00Bispo Macedo Flerta Com Israel: E Eu Com Isso? * Antonio Cabral Filho - Rj <div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Bispo Macedo Flerta Com Israel: E Eu Com Isso?</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm9Hz73mg8WY-JTnxep4jkFXNZhv1MRuPEch6MTdaxNMQI27ospoa9uTBiGj00WUtJ8SiJurQSp65GAx7TFD6fzhy9Zp9Rg3rYG_xUZA9amGzm22VQzJHWR30qIPEBxTiP9yimJhVG0NI/s1600/20762016.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm9Hz73mg8WY-JTnxep4jkFXNZhv1MRuPEch6MTdaxNMQI27ospoa9uTBiGj00WUtJ8SiJurQSp65GAx7TFD6fzhy9Zp9Rg3rYG_xUZA9amGzm22VQzJHWR30qIPEBxTiP9yimJhVG0NI/s320/20762016.jpg" width="400" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>-Foto AFP -</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>A pergunta acima surgiu-me por acaso. Ocorreu após eu ler a matéria sobre a atitude do judoca egípcio não aceitar cumprimentos do oponente israelense, nas "olimpiadas" de 2016. </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Depois de ler a matéria exaustivamente, fiquei impressionado com a preocupação do jornal do bispo - uma espécie de folha do mundo inteiro - em apresentar inúmeros casos de rejeições a saudações oriundas dos israelenses, e em diversas ocasiões envolvendo eventos esportivos e atletas.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>O jornal do bispo é bastante eficiente em elaboração de texto, pois vai cortando o assunto em diversos "textinhos" curtíssimos, e com isso facilitando aos seus leitores a compreensão do conteúdo. Parabéns, é o que eu diria, se não fosse para alienar tantos pobres coitados com lorotas sem pé nem cabeça. Afinal de contas, uma dona-de-casa, um trabalhador, que vão à igreja buscar um pouco de alimento espiritual para suportar a exploração patronal diária, como poderiam se sentir integrados a uma discussão sobre mumunhas entre atletas de religiões, ideologias e países tão específicas? </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Mas os mercenários que fazem o jornal do bispo tem a solução: eles vão espalhando fotos coloridas, tudo muito bonito, gente branquinha, todas sorridentes, felizes, cheias de sucesso, frases carregadas de otimismo, e repressão a quem se pauta pela realidade, por mais que ela seja nua e crua, patente, como no caso dos judocas Islam El Shehaby - egípcio - e Or Sansson - israelense. Até ousaria me perguntar se o atleta israelense concorda com a beligerância do seu país....</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Segundo um articulista do jornal do bispo, divulgador do site do bispo, os "usuários de internet de ambos os países também reprovaram o ato antiesportivo" e saiu ressaltando a importância de se respeitar as regras da boa conduta, o espírito de amizade das olimpíadas, e fecha dizendo que o porta-voz do COI - Comitê Olímpico Internacional, o britânico Mark Adams, chamou tudo de uma vergonha.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Mas glória! O atleta egípcio teve uma - 1 - oportunidade na matéria. Foi citado no terceiro parágrafo, onde está dito que ele deu entrevista ao jornal egípcio Egypt Daily News e explicou com toda serenidade que ninguém é obrigado a cumprir regras de ninguém e ele sendo um muçulmano se sentiria ofendido em apertar a mão de um judeu.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Aqui mais uma vez o mercenário que escreve a matéria do jornal do bispo volta a carga, e ressalta a importância das redes sociais egípcias por terem feito pressão para que o atleta não aceitasse competir com israelenses, pois isso significaria reconhecer Israel como um estado legítimo. E finda o único trecho em que o atleta egípcio foi citado, dizendo que o seu país - Egito - foi o primeiro país a assinar um acordo de paz com Israel em 1979, mas que o povo, de ambos os países, não veem isso com bons olhos. Só não entendo por que entrar nesse assunto...</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>A partir daqui, o jornal do bispo só tem olhos para Israel. Cita dois órgãos da imprensa mundial contra o atleta egípcio, são eles, o Newsday, norteamericano; e o Haaretz, israelense; e vomita moralismo intitulado de "bons exemplos", onde cita um tenista muçulmano que formou dupla com um israelense, como se o esporte estivesse acima de sua pátria e de sua religião, e realça o "espírito esportivo" através de duas atletas que caíram durante as olimpíadas e após o incidente, marcharam juntas até ao final.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Mas a joia da matéria, feita pelo mercenário articulista do jornal do bispo, está lá no meio, bem entocadinha, como que pra ninguém perceber seu parcialismo, onde ele destaca o jornal israelense Haaretz como porta-voz da grande sacada e informa que houve outra demonstração antissemita em solo carioca, quando atletas libaneses se negaram a ir à cerimônia de abertura no mesmo ônibus em que estavam os israelenses. E encerra com toda felicidade o fato de outro atleta, desta vez saudita, ter desistido da competição só para não lutar com um israelense. </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>O articulista do jornal do bispo é farto em provocações e faz um bom serviço de divulgação do namoro do bispo com o estado de israel. Só não se sabe por quê...</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Mas provocações à parte, aqui no Brasil vem ocorrendo um recrutamento de mercenários pela igreja do bispo. Seu objetivo é explícito e busca formar Tropas de Elite para blindar seus fiéis mais prósperos, utilizando para isso um discurso de proteger seu patrimônio contra os vândalos das outras religiões. Ou seria o contrário: seu objetivo real não seria atacar as outras religiões com alto poder de fogo? Onde se encaixa aí o seu flerte com Israel? É sabido que Israel contrata mercenários de qualquer procedência e paga em dólar. Fica a questão para reflexão. </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Vamos agora a outro quesito muito escamoteado no Brasil sobre as entidades religiosas em geral, que é a isenção de impostos e do imposto de renda. Todos sabemos que todas elas podem arrecadar dinheiro à vontade, seja através de atividades próprias seja através de doações. Mas é sabido também que nenhuma é obrigada a apresentar comprovante de seu faturamento a ninguém. E o governo brasileiro sabe muito melhor do que eu que isso é uma imensa possibilidade de lavagem de dinheiro. Do contrário, como se explicaria o enriquecimento meteórico de certas entidades religiosas? Há até algumas que já nasceram riquíssimas, com catedrais mundiais imensas, diversas estações de rádio, canais de televisão, e rede mundial de filiais. Alguém já deixou escapar que dinheiro de fiel não constrói palácios... Então de onde vem tanto dinheiro?</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Será que não está na hora de todas elas apresentar balanço anual e para imposto de renda?</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Ficam as questões para reflexão... mas e eu com isso?</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Mas minha crônica não poderia findar incompleta e passar ao largo da "chorada" que o jornal do bispo dá sobre os cadáveres dos atletas israelense nas olimpíadas de Munique em 1972, e destacar que não fala do contexto político de beligerância entre Israel e os países árabes, através do quais a Palestina conseguiu se manter e vem conseguindo se defender do terrorismo estatal de Israel. E que naquele momento de alta tensão política dos blocos capitalista/socialista, a resistência palestina teve sua bandeira erguida mais alta graças à OLP - Organização Para Libertação da Palestina, liderada por Yasser Arafat.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>E a título de conclusão, a matéria do mercenário do jornal do bispo abre com a chamada : "NÃO" A UM GESTO DE PAZ. E eu me pergunto, "não a um gesto de paz" vindo de quem? De um judeu, do estado de Israel, da indústria armamentista, de um ponta-de-lança do imperialismo, ou de um cínico que fala de paz enquanto ataca os campos palestinos e mata gente desarmada e desvalida?</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>*</b></span></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-30945204779313217352016-07-28T19:00:00.002-03:002016-07-28T19:00:58.645-03:00Olimpíadas etc - Crônica * Antonio Cabral Filho - RJ<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Olimpíadas Etc</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF3c8aGLhhpjgKhpAOSDGH9tirOtGRoCPJ-FW0lFt30x_OHnqAwwiY6-_zfG2l9qulnx_NOrHBCLY2StsF2Olps2q1GgH8oEm90G-oXht_AlonyNY3rAL-AYQSXOl7L1qarzqAciTMmew/s1600/digitalizar0039.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF3c8aGLhhpjgKhpAOSDGH9tirOtGRoCPJ-FW0lFt30x_OHnqAwwiY6-_zfG2l9qulnx_NOrHBCLY2StsF2Olps2q1GgH8oEm90G-oXht_AlonyNY3rAL-AYQSXOl7L1qarzqAciTMmew/s320/digitalizar0039.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
-lance nº 6795 10/7/2016</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;">*</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;">Olimpiadas Etc<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;">Mesa de bar é o melhor lugar do mundo,
como bem diz Elis Regina:”O melhor lugar do mundo é aqui e agora”. Verdade. Dá
pra se conversar de tudo e nada tem senso de responsabilidade. Por isso que é o
melhor lugar do mundo!<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;">A mesa cheia de garrafas, copos, pratos
sujos, garfos fora dos pratos, farinha sobre a mesa, gordura de lingüiça
encrostada nos pratos, e jornais, vários, vários jornais, entre os quais o
Lance, o único que sobrou, pois quem trouxe não levou de volta. Ficou ali, como
quem não quer nada, assistindo à nossa balbúrdia de conversas fiadas sem pé nem
cabeça de tanto beber, até que um Pé-de-cana já chapado gritou “olha aqui, oh,
corrupção no futebol!” e apontou para a página com o título “Omissão da CBF e
as fraudes”. </span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;">Ninguém deu a mínima e o converseiro continuou, mas o pé-inchado
gritou de novo:”Denúncia da FIFA mostrou escândalo da manipulação de
resultados. Se dependesse da CBF, estaríamos perdidos!” Ai, todo mundo riu, riu
às gargalhadas, como se alguém tivesse contado alguma piada nova. Alguém foi
conferir e disse o nome do jornalista: Luiz Gomes. Conhece? Perguntou alguém.
Nunca vi mais gordo. Respondeu outro, devidamente anônimo. </span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;">O cu de cachaça
danou a ler a matéria, e em voz alta, o que perturbou a todos, quando, súbito,
ele parou e perguntou: alguém sabe quanto vai custar as olimpíadas? Fez-se o
maior silêncio. Todo mundo se coçando, mudos, embaraçados, sem respostas, mas
alguém mais puto do que a maioria inquiriu o pau d’água: tinha que ser você,
né! Colocar essa merda em discussão. Essa porra está raspando os cofres
públicos, vai faltar dinheiro para servidores, para saúde, para educação,
segurança e o caralho! Menos para a corrupção. As obras estão todas atrasadas,
tudo está sendo feito às pressas, de qualquer maneira, com equipes virando 24
horas de trabalho cercadas de chefetes por todos os lados. Os caras não podem
nem cagar porque aqueles minutos são descontados da jornada de trabalho. Vocês
sabem disso? É o maior crime, a maior exploração. Onde já se viu não poder beber
água, mijar, cagar, parar para esticar o corpo e aliviar aquelas dorezinhas
ordinárias que aparecem quando a atividade é repetitiva? Gente, é um escândalo!
Alguém andou de um lado para o outro, desconsolado, e virou-se perguntando:
cadê o ministério do trabalho, a imprensa, tanto canal de televisão, pra quê? Tá
tudo arregado, ouviu-se ao longe. <o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;">Todos voltaram aos seus lugares e o dono
do bar ofereceu mais uma rodada. É! Desce a saideira. Pra dar uma enxaguada.
Nas idéias também, observou outro. </span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;">Menos de cinco minutos e as olimpíadas
voltaram à mesa. Alguém asseverou que tudo seria entregue inacabado, postes
pelo meio das ruas, restou de concreto pelos recantos, manilhões e tubos
abandonados dos lados das pistas, apartamentos cheios de vazamentos, entupimentos,
fiação elétrica exposta, equipamentos de gás defeituosos, portas sem fechadura
ih, é demais! Mas as “otoridades caopetentes” botam o visu mais chic e vão dar
entrevistas em seus próprios canais de comunicação pra dizer que ta tudo uma
maravilha. Concluiu um, já secundado por outro dizendo”quem paga o pato é o
povo, o povo e os atletas, pois um financia e o outro tem que apresentar
resultados. É o único que não pode falhar pra não enfeiar a festa da propina. É
isso que é a olimpíada, a festa da propina! Como eu não pensei?” fechou
estupefato e virou o copo direto. <o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;">Mais umas cervejas e alguém com alguma lucidez começou a ressaltar
a chave desse rolo todo enumerando que o COI, o COB, o governo federal, o
estadual e a prefeitura, junto com as empreiteiras, formam um imenso complexo
criminoso cujo objetivo é roubar sob a bandeira das olimpíadas. E é pra isso
que despeja propaganda enganosa na mídia, falando em milhões de torcedores
assistindo aos jogos, pessoas de todos os lugares do mundo, hotéis abarrotados
de turistas, emprego para quem quiser ganhar um extra, mulheres bonitas a dar
com o pau, prostituição adulta e infantil, drogas orgânicas, líquidas ou
sintéticas, carretas de camisinhas grátis pra todo mundo fuder livremente, e
muita, muita, mas muita segurança. Segurança que nunca houve nem haverá, pra
aparecer na mídia e só, porque prender ladrão que é bom, nada! Ora, o ladrão é
que está comandando! Não se iludam. E observem. Mais nada. Façam como a coruja:
fiquem lá no alto do seu toco! E concluiu, porque esse chumbo é grosso! Nunca
será apurado, nem aqui nem em lugar nenhum do mundo, porque envolve máfias de
todos os lados. Afinal, não somos nós que pagamos a conta?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;">Mas ao ouvir “conta”, o dono do bar
perguntou de lá se ia mais uma saideira...<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;">***</span></b></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-11482767324887026592016-07-24T12:12:00.001-03:002016-07-24T12:13:52.074-03:00O Herói Na Filosofia Clássica * Antonio Cabral Filho - RJ<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;">O Herói Na Filosofia Clássica /</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;">Oficina Jornada Do Herói nº 1</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiK3sBu96TZEoJ77eZx_gQkY_sOuwLZOgewen20lpVZBtActrc5Rh5UMmyRduPAY8JCLqHax7jPc0ksGZ91KKn5X_m7QTW9d7f5XhhSk0vD-EqCwIHS1rUhtgXc6SloBz4BCwjjgcRKzY/s1600/umabrasileiranagrecia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiK3sBu96TZEoJ77eZx_gQkY_sOuwLZOgewen20lpVZBtActrc5Rh5UMmyRduPAY8JCLqHax7jPc0ksGZ91KKn5X_m7QTW9d7f5XhhSk0vD-EqCwIHS1rUhtgXc6SloBz4BCwjjgcRKzY/s400/umabrasileiranagrecia.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div data-setdir="false" dir="ltr" id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<span id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5889" style="-webkit-padding-start: 0px;"><b>O Herói Na Filosofia Clássica - Oficina Jornada do Herói nº 1</b></span></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<span style="-webkit-padding-start: 0px;"><b><br clear="none" style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></span></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<span id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_6016" style="-webkit-padding-start: 0px;"><b> A palestra é muito interessante, pois a palestrante tem o cuidado de segurar a sua abordagem no estrito limite da clarificação do papel do herói no contexto daquelas culturas de antanho. Seu grande feito é esse. Em momento nenhum ela se permite resvalar para os valores contemporâneos, trazendo os heróis que aborda para uma acareação com os valores atuais.</b></span></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<span style="-webkit-padding-start: 0px;"><b><br clear="none" style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></span></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<span id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_6233" style="-webkit-padding-start: 0px;"><b>Nesse sentido, ela tem absoluto sucesso. Mas quanto à própria filosofia clássica, toda ela traçada sobre os mitos, assentada sobre uma plêiade de heróis, tudo preso aos feitos e suas interpretações dadas e acabadas, é que reside o problema. Do mesmo modo que essa filosofia clássica propõe a Vida, naquelas circunstâncias, em um mundo limitado a meia dúzia de quilômetros de Grécia ou Roma, ou à Índia dos Mahatmas ou a China dos Budas, quiçá uma África de deuses de pedra, não tem sentido nos propormos a fazer predileções, até porque trata-se de um mundo completamente ausente da Vida hodierna. Seus postulados são "idealizados" e não possuem vínculos com a Vida Real. Por isso, vivem no mudo d'antanho.</b></span></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<span style="-webkit-padding-start: 0px;"><b><br clear="none" style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></span></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<span id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_7009" style="-webkit-padding-start: 0px;"><b>Essa filosofia clássica serve pouco ou nada além dos contos de fadas ilusionistas, algo distante inclusive de boa parte dos herois de história em quadrinhos contemporâneos e leva os seus passageiros direto ao "mundo da lua", com verdadeiras adbuções. Temos verificado nas últimas décadas o surgimento de seitas calcadas em concepções tão abstratas que chegam a causar problemas governamentais. Uma delas, muito forte no Brasil, é o Santo Daime, que propõe uma purificação através da meditação seguida do consumo de chás altamente alucinógenos. Isso tem causado mortes e distúrbios mentais o suficiente para chamar a atenção das autoridades ligadas ao combate às drogas. Não faz muito tempo perdemos o cartunista Glauco Vilas Boas, vítima desse tipo de conflito.</b></span></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<span style="-webkit-padding-start: 0px;"><b><br clear="none" style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></span></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<span id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_7818" style="-webkit-padding-start: 0px;"><b>Bom, feita esta preleção, gostaria de expor o modo como trabalho a questão dos mitos na minha produção literária. Tanto em poesia como em prosa, gosto de transformá-los em suporte de argumentos. Nunca como desfechos, mas apenas como coadjuvantes de segundo ou terceiro plano. Faço isso por acreditar no papel negativo que os heróis, os mitos e as ideias abstratas exercem sobre as pessoas, principalmente naquelas em que a personalidade se encontra ainda tenra. É o caso das crianças, dos jovens e das pessoas com nenhum ou pouquíssimo acesso aos meios de informação.</b></span></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<span style="-webkit-padding-start: 0px;"><b><br clear="none" style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></span></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<span id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_8526" style="-webkit-padding-start: 0px;"><b>Não diria que escrevo para "formar" ninguém; nada desse papo de "fazer a cabeça", doutrinar, tão em voga nestes tempos "interinos" em que vivemos. Mas se eu puder fazer algo para que as pessoas vivam da pura realidade, sem fazer da fantasia uma alienação, não economizarei recursos. É nesse sentido que os meus personagens são operários, meninos de rua, corruptos, milicianos, criminosos, políticos, prostitutas, mulheres donas dos seus narizes, meninas abusadas, enfim, pessoas com os pés na realidade, contraditórias ou não.</b></span></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<span style="-webkit-padding-start: 0px;"><b><br clear="none" style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></span></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<b>O meu comentário não poderia ser feito de modo parcial, como precisa ser feito pelos estudantes em busca de nota. Ao contrário. Vou pra cima do tema e o trago para uma discussão elucidadora, de modo a contribuir para uma compreensão crítica, sem atrelá-la a nenhuma concepção filosófica nem ideológica. A imparcialidade é nosso melhor caminho rumo à clareza sobre as coisas.</b></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div id="yiv3044286429yui_3_16_0_ym19_1_1469320831887_5821" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px; text-align: center;">
<b>*</b></div>
</div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-56614595176457065832016-06-30T00:00:00.000-03:002016-06-30T11:33:07.774-03:00Crônicas da Lusofonia * Antonio Cabral Filho - RJ<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 class="offscreen" style="-webkit-padding-start: 0px; border: 0px !important; clip: rect(1px 1px 1px 1px); font-family: "Helvetica Neue", "Segoe UI", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 14px; height: 1px !important; left: -9999px; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px !important; position: absolute; text-align: center; width: 1px !important;">
m</h3>
<div class="msg-body inner undoreset" id="yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_19619" role="presentation" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; box-sizing: border-box; display: table; font-family: "Helvetica Neue", "Segoe UI", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif; font-size: 13px; outline: none 0px; padding: 0px 30px; text-align: center; width: 826px;" tabindex="0">
<div class="email-wrapped" id="yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_19723" style="-webkit-padding-start: 0px; display: table-cell; width: auto; word-break: break-word; word-wrap: break-word;">
<div id="yiv3321932264" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<div id="yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_19722" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<div id="yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_19721" style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "times new roman", "new york", times, serif; font-size: 24px;">
<div id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7842" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b>Crônicas Lusófonas</b></div>
<div id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7843" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb5EPi4kMeiyR0_ZZV2fCKnnZCYjxVuotDXjpI69spVaOsRKjY1fD2dNXbbZpK77J8ZTuldNZ-P8-7ic2krqoA_TF_pdUh0JpEImodHNV1ufgtvP8jgoRnvbgLozaTDvPzV5Nq5bWEZjs/s1600/Logo+Animado.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb5EPi4kMeiyR0_ZZV2fCKnnZCYjxVuotDXjpI69spVaOsRKjY1fD2dNXbbZpK77J8ZTuldNZ-P8-7ic2krqoA_TF_pdUh0JpEImodHNV1ufgtvP8jgoRnvbgLozaTDvPzV5Nq5bWEZjs/s1600/Logo+Animado.gif" /></a></div>
<b><br id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7844" style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7845" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b>Em 2012 eu estava desenvolvendo pesquisas sobre literatura de língua portuguesa e seus alcances, buscando compreender até aonde ela chegava, e nessa busca descobri o site Cá Estamos Nós - Portal CEN. Assim, sem ter uma ideia de suas dimensões, enviei um e-mail, todo desajeitado, sem saber, sequer, se teria resposta. A mensagem foi parar na secretaria do Portal CEN e recebi uma proposta de filiação, na prática uma entrevista, aonde o candidato vai respondendo tudo, sobre si e suas aspirações. </b><br />
<b><br /></b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7846" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_SIv5mHzIsvMiFfCdXHCq-RGWhPOjwYVU27zSlAX8mEJv7guTuG1fhKyC9VXZKF6fzPV6EmRbSItxoBPmrOXy7nvJblpCfBJKSTgoZH9ccpPH-eZxId5eXaOb1vh6k-Rc-2Rp_wsYuhA/s1600/Quadrado+Preto.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="64" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_SIv5mHzIsvMiFfCdXHCq-RGWhPOjwYVU27zSlAX8mEJv7guTuG1fhKyC9VXZKF6fzPV6EmRbSItxoBPmrOXy7nvJblpCfBJKSTgoZH9ccpPH-eZxId5eXaOb1vh6k-Rc-2Rp_wsYuhA/s320/Quadrado+Preto.gif" width="320" /></a></div>
<b><br id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7847" style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7848" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b>Como bom mineiro, não me fiz de rogado: larguei o verbo! Respondi a todo tipo de questão colocada, sem medo nem pretensão de "fazer tipo". Ou seja, me coloquei realisticamente, sem bisbilhotar as posições estetico-filosóficas em questão. Ao findar, disse cá com meus botões: das duas uma, ou calça de veludo ou tudo de fora!</b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7849" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b><br id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7850" style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7851" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b>Mas para minha surpresa, a resposta veio imediata, convidando a enviar trabalhos, resumo biográfico, fotos, capas de livros, pois seria feita uma página com diversas divisões expondo o meu material. Sinceramente, senti-me homerizado, pois uma dádiva dessas fora do Brasil, e logo em Portugal - para mim, basta na Europa - a Pátria da minha língua, Terra de Camões, o centro de uma das literaturas mais fortes de todo o mundo, era sim um sonho que estava se realizando. </b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7852" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b><br id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7853" style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7854" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b>Não se passaram três dias e a conclusão do trabalho foi postada em meu e-mail, fornecendo orientações para fazer a divulgação, o que deixou-me eufórico, e pus-me a remeter o link principal da página a milhares de amigos, não só no Brasil, mas também em todo o mundo da lusofonia, uma vez que através da minha pesquisa em andamento, aproveitava para fechar contatos, fazer amigos, estabelecer ligações com as pessoas, instituições e projetos com pontos de identidade comuns. Isso se prolongou, pois algumas pessoas em África, principalmente, reproduziram a divulgação e ainda hoje recebo e-mails de novos contatos buscando intercâmbio comigo sobre a promoção cultural no Brasil.</b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7855" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b><br id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7856" style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7857" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b>Mas uma vez refeito do primeiro contato, fui conhecer o Portal CEN na essência, e pude perceber que não se tratava de apenas um troca-troca de poemas, livros, textos e informações, como acontece com a maioria, mas um verdadeiro centro de pesquisa e circulação de ideias e projetos, todos dedicados à Lusofonia no seu conjunto, envolvendo literatura, história, cultura, com edição e circulação encadeadas, tudo ocorrendo em sincronia, e sob a batuta de uma pessoa extremamente dedicada, chamada Carlos Leite ribeiro, um pioneiro da integração dos valores da cultura lusófona.</b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7858" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b><br id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7859" style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7860" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b>Nesse momento, a minha curiosidade se acendeu e fui tentar entender quais as aspirações desse senhor, por que se dedicar de corpo e alma à promoção de algo tão complexo, como a Cultura Lusófona. Inicialmente pensei que o Senhor Carlos Leite Ribeiro fosse mais um desses lunáticos apolipticos que querem agarrar o mundo à unha, sem ter a menor noção das suas complexidades e acabam dando com os burros n'água, deprimido e abandonado na beira da estrada das utopias. Mas que nada! Aos poucos fui descobrindo suas pesquisas, seus textos, sua força de propósitos, ou seja, seu Ideal: a promoção da Lusofonia, em toda a sua completude. </b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7861" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b><br id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7862" style="-webkit-padding-start: 0px;" /></b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7863" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b>De 2012 até agora, não pude fazer muito pelo Portal CEN, além de colaborar com a divulgação, tanto dos projetos como das obras realizadas. Mas tenho me disponibilizado com meus parcos recursos, seja divulgando a minha página seja repassando as informações que me chegam, para conduzir mais amigos ao Portal CEN, na esperança de que cada aniversário seu seja uma festa de realização. Por isso, neste 18º Ano do Portal CEN espero que seu Fundador e Presidente Carlos Leite Ribeiro se veja como um homem realizado, propulsor de uma obra que não gostaria de ver largada de lado, mas fortalecida pelos esforços de mais CONDUTORES com a verve e a noção de rumo do seu inspirador. Por isso, quero deixar aqui o convite para que me visitem no Portal CEN à Página Antonio Cabral Filho ... <a href="http://www.caestamosnos.org/autores/autores_a/Antonio_Cabral_Filho.htm" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_10352" rel="nofollow" style="-webkit-padding-start: 0px; background: transparent; color: #196ad4; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">http://www.caestamosnos.org/autores/autores_a/Antonio_Cabral_Filho.htm</a></b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7864" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<b>e venham se juntar a esta jornada de conquistas culturais.</b></div>
<div dir="ltr" id="yiv3321932264yui_3_16_0_ym19_1_1466740861847_7864" style="-webkit-padding-start: 0px;">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-51347134774026881632016-06-23T10:58:00.003-03:002016-06-29T18:40:01.349-03:00Rodeios e Touradas: A Banalização da Tortura - Crônica * Antonio Cabral Filho - RJ<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 18pt;"><b>Rodeios e Touradas: a Banalização da
Tortura<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYmYJuW8M6Wgyp4AsWOJWVu7lBYQqEq6NNgu42_30zlUf-uAnadwl_0NzzZptkY17fapD4ef3yRM04b2JK1onPcvQVHeOJA1_14Dn9qfEDLOCmojZqONzemOMJ12DeT6FoIDQ-wjT-u-Q/s1600/baiheroi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYmYJuW8M6Wgyp4AsWOJWVu7lBYQqEq6NNgu42_30zlUf-uAnadwl_0NzzZptkY17fapD4ef3yRM04b2JK1onPcvQVHeOJA1_14Dn9qfEDLOCmojZqONzemOMJ12DeT6FoIDQ-wjT-u-Q/s320/baiheroi.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
-Facebook-</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>*</b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Desde a Espanha profunda, dos tempos de El Cid e Dom Fernando, que os
rodeios são eventos famosos, seja pelos vaqueiros, pelos touros ou até pelas
damas das altas côrtes que os assistem.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b> Torturar animais, até à morte,
sejam nos rodeios de touros, ou de cavalos, a prática possui adeptos em vários
continentes, envolvendo Europa, América e Ásia, levando essa prática a ser
categorizada como esporte e executada com requintes de crueldade sem nenhum
pudor e sob o aplauso de pessoas consideradas, inclusive, gente culta, a ponto
de João Cabral de Mello Neto, poeta brasileiro de grande prestígio
intelectual, tecer epopéias aos seus
toureiros espanhóis mais afamados, como Manolo Gonzáles, Pepe Luís, Julio
Aparecido, Miguel Báez, Antonio Ordóñez, Manuel Rodriguez, cantado como “Manolete,, o mais asceta” no seu poema <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>“Alguns Toureiros <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>A Antônio Houaiss<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Eu vi Manolo Gonzáles<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>E Pepe Luís, de Sevilha:<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Precisão doce de flor,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Graciosa, porém, precisa.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Vi também Julio Aparecido,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>De Madrid, como Parrita:<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Ciência fácil de flor,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Espontânea, porém estrita.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Vi Miguel Báez, Litri,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Dos confins da Andaluzia,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Que cultiva uma outra flor:<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Angustiosa de explosiva.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>E também Antonio Ordóñez,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>O Manolete, o mais deserto,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>O toureiro mais agudo,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Mais mineral e deserto,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>O de nervos de madeira,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>De punhos secos de fibra,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>O da figura de lenha,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Lenha seca de caatinga,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>O que melhor cultivava<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>O fluido aceito da vida,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>O que com mais precisão<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Roçava a morte em sua fímbria,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>O que à tragédia deu número,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>À vertigem, geometria,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Decimais à emoção<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>E ao susto, peso e medida,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Sim, eu vi Manuel Rodríguez,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Manolete, o mais asceta,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Não só cultivar sua flor<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Mas demonstrar aos poetas:<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Como domar a explosão<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Com mão serena contida,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Sem deixar que se derrame<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>A flor que traz escondida,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>E como, então, trabalhá-la<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Com mão certa, pouca e extrema:<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Sem perfumar sua flor,<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Sem poetizar seu poema.”<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Longe de nós ter as pretensões de estabelecer limites a quem quer que
seja. Aliás, a “liberdade” é, sem sombra de dúvida, a melhor armadilha para se
pegar seus inimigos, pois uma vez à solta, podemos ver o que realmente pregam.
E se buscarmos um pouco mais profundamente a práxis dos adeptos a torturar
animais, encontra-los-emos vinculados aos regimes autoritários de todas as
matizes, capitalistas e pseudo-comunistas.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Portugal só não é líder na defesa dessa violência, porque compete com
Espanha e França, mas seus sintomas são dignos de sérias atenções, pois uma
mandatária portuguesa, Dona Maria II, proibiu as touradas em 1836 para nove
meses depois elas voltarem com força total sob o clamor popular. Outro fato
relevante a respeito das touradas em Portugal é a presença da Família Real, com
diversos próceres ligados à sua prática e podemos citar D. Sancho II, D.
Sebastião, D. Afonso VI, D.Pedro II, D. Miguel e D. Carlos I. Mas D. Pedro II é
içado às altas categorias por ser um toureiro “de chão”, aquele que enfrenta o
touro a pé, sendo superado apenas por D. Sebastião, que solicitou ao Papa
Gregório a revogação da Bula Papal de Pio V contra as touradas. E, assim como
Espanha e França, Portugal também conquistou da UNESCO o status da inclusão das
touradas como bem imaterial ... <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Some-se a isso a audácia de um filósofo francês chamado Francis
Wolff em elaborar um catatau de argumentos
intitulados 50 Razões Para Defender As Corridas De Touros, para engrossar esse caudal grotesco
disfarsado em discurso intelectual chancelado pela Universidade de Paris –
Sorbonne, em 2011, e a Federação Portuguesa das Associações Taurinas elaborar
um documento “didático” intitulado “O que são as Touradas”, ressaltando a sua
importância e entregá-lo ao Parlamento Português, na Comissão de Educação e
Cultura. <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>No continente americano não poderia ser diferente, até porque são
países seguidores dos demais, inclusive fruto da colonização, e as práticas em
relação aos animais não são novas. Novas por aqui são as entidades da sociedade
civil contra a tortura, contra a morte de pessoas imbecilizadas com tais
espetáculos horrorosos, que associados às rinhas de galo e as brigas de cães
pitbull, só perdem para o teatro ridículo das lutas em rings onde dois idiotas
se esmurram em nome de esportes e entidades financeiras à caça de lucros
fáceis. Podem verificar que nenhum lutador de modalidade nenhuma finda seus dias
com saúde, sequer física quanto mais mental.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>E no Brasil....<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>O Brasil segue à risca a cartilha dessa enxurrada de estupidez. Desde à
mais tenra infância, os meninos criados no campo são submetidos a treinamentos
brutais para aprenderem a derrubar touros na munheca e a domar burros e cavalos
com a brutalidade por excelência.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Não poderia deixar de lado uma passagem da minha adolescência, quando
meu pai adquiriu uma mula branca, bem alta e esguia, descendente de muares,
pura, por uma ninharia de cruzeiros, só
porque a pobre tinha acertado um coice na cabeça do vaqueiro que a torturava
tentando fazê-la obedecer-lhe, e ao pular sobre a cerca de uma manga o infeliz
caiu e findou acertado por ela. Ao chegar com a mesma em nosso sítio, meu pai foi logo me avisando: “essa mula é assassina.
Matou um vaqueiro do Seu Chiquinho a coices e não obedece a ninguém.” E
mandou-me ter todo cuidado com ela. De cara, peguei um balde, enchi de água e
me coloquei bem na frente dela, pensando comigo: “se ela for braba mesmo, não
virá beber água por mais que esteja com sede”, mas foi puro engano. Ela
olhou-me direto, respirou forte, arfando as narinas, para sentir meu cheiro, me
identificando, esticou o pescoço, virou a cabeça para um lado e para o outro,
olhou tudo ao redor, mostrando que estava reticente em se aproximar. Então meti
a mão dentro do balde d’água e joguei água no meu rosto, enchi a mão e bebi
daquela água, sem fazer nenhum ruído, com todo cuidado, foi quando ela se
achegou e mergulhou a venta dentro do balde, refrescou-se, jogou água em mim,
cheirou-me e passou a beber água com toda sua secura, pois estava, sim, com
muita sede. <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Rapidamente, o balde de dez litros de água estava quase vazio. Então
caminhei rumo ao curral, onde um tanque de água fria estava sempre à espera dos
animais e passei a mão dentro dele, para ela ver que tinha mais água. Foi como
mostrar o paraíso a quem busca felicidade!<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Chamei-lhe de Branquinha. E fui buscar uma bacia com milho triturado e
um punhado de sal. Passei uma mão cheia de milho no corpo, para ela comê-lo
sujo do meu suor, portanto, com meu odor, para fornecer-lhe a minha persona,
depois cuspi dentro do sal, umedecendo-o bem com a saliva e estendi a mão de
sal para ela. Primeiro, cheirou. Depois, lambeu até meus dedos. Aí, pensei cá comigo:
desde quando um animal é brabo se ele está buscando ser aceito? Após consumir o
sal, dei-lhe a bacia de milho e toquei na crina dela, pois geralmente os
eqüinos gostam de carinho na crina, que é o seu cabelo, a sua beleza, razão do
seu orgulho e amor próprio. Ao fazer isso, ela ficou quietinha, imóvel,
sentindo a carícia ao longo do seu pescoço. Então fui pegar a “raspadeira”, uma
espécie de escova rústica, feita de lata e fiquei desembaraçando a crina dela.
Nesse momento meu pai chegou na varanda de nossa casa e viu a minha intimidade
com a “assassina”, como ele disse. E gritou: se afasta! Nem eu nem ela ligamos
para o desespero dele, perguntando-lhe se queria ver-me montá-la. Só se quiser
ser enterrado ao lado do vaqueiro amanhã, disse gritando meu pai. Aí, eu pus o
braço esquerdo no pescoço dela, abraçando-a e acariciando a sua testa com a mão
direita. Ao vê-la quietinha, meu pai disse: “que mandinga é essa, o quê que ocê
fêis com ela?” e veio na direção do curral. <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Tudo isso narrado até aqui durou umas duas horas. Depois disso, eu dei
um descanso para ela, fui lanchar, pois era tardinha. Depois, pus cabresto
nela, freio, sela, peguei a taca e montei. Ela rodou comigo, como quem pede uma
direção. Folguei a rédea e ela saiu marchando. Perguntei ao meu pai: cadê a
mula assassina (?) e ele ficou assombrado de vela toda dócil fazendo evoluções
de marcha que eu lhe imprimia. No dia em que entrei na cidade montado nela, o
fazendeirão poderoso que se desfez dela por medo, ficou estatelado na calçada
da sorveteria olhando ela marchar nas mãos de um menino de 14 anos, sem usar
esporas, sem bater, sem dar pauladas nela, usando apenas palavras de comando,
ditas diversas vezes, para ela se adaptar ao novo treinador. <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Mas meu pai tinha que estragar tudo. Disse que eu tinha mandinga com os
animais. Que os bichos me obedeciam, que o jacaré mais perigoso das nossas
lagoas me carregava para atravessá-las de um lado ao outro, que as cobras
dormiam ao se encontrar comigo, que os cães mais ferozes vinham lamber minhas mãos
e que ninguém ia pescar junto comigo porque não sobrava peixe pra ninguém, e
estreitei a rédea para fazê-la parar
defronte ao estado-maior dos mais ricos da redondeza. Apeei e joguei a
correia do cabresto no galho da jabuticabeira, sem amarrar nem nada, e fui
beber água, quando ouvi alguém perguntar ao meu pai: quanto quer na mula? Ao
voltar, o negócio já tinha sido fechado e fui pra casa na garupa do meu pai,
para uma semana depois receber a notícia de que a Branquinha tinha matado o
filho mais velho do fazendeiro, partindo-lhe a cabeça a coices. E que tomado de
ódio, o fazendeiro descarregou-lhe dois cartuchos da sua Smith Wesson,
liquidando a história da mula assassina do Vale do Rio Doce, que atravessava
Coronel Fabriciano marchando pelas mãos de um molequinho franzino tido por
feiticeiro com os bichos, sempre vestindo camisa branca com São Francisco de
Assis no peito.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Deixo aqui este testemunho apenas para dar um exemplo da estupidez que
reina na cabeça do nosso povo ao lidar com animais. Podemos observar pessoas da
mais alta consideração chegar no bar ou na mercearia e ao cruzar com um cão
deitado na calçada, muitas vezes aguardando o seu dono, dá-lhes chutes,
expulsando-o do local, como se ele estivesse infringindo algum regulamento
social ou coisa parecida e dia desses fiquei muito feliz, quando após chutar o
cão Sadan do pedreiro da minha rua, o agressor levou dois socos pela cara
adentro que foi sangrar lá no inferno. A isso acrescente-se a covardia daqueles
que não gostam de cães e tem a coragem de espalhar “bolas” rua afora de noite,
para matar cães e gatos da vizinhança. <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 12pt;">Quanto
aos chamados costumes brasileiros sobre vaquejadas e rodeios, teria que
enumerar a quantidade de bois famosos no folclore, temas de folguedos e autos
festivos, de norte a sul do país, do Bumba Meu Boi, do Caprichoso e Garantido e
tantos outros exemplos mitológicos, que fazem a gente ficar perplexo. A crônica
jornalística traz constantemente narrativas sobre bois assassinos, que mataram
peões em plena ribalta, muitos dos quais são temas de cordéis, de músicas, e
muitos são chamados de “boi sem coração”, como se alguém pudesse ter coração
com seu torturador, mas ninguém, ninguém mesmo, faz música denunciando o
“vaqueiro sem coração” que esporeia um boi até levá-lo ao desespero com tantas
dores, além do sedem amarrado ao queixo para atormentá-lo com o puxão que sofre
ao abanar a cabeça. Diz um site da web que isso é coisa do passado e que o
rodeio atual não pratica mais torturas contra os animais de rodeio, mas eu
nunca vi um só rodeio sem sangue nem
mecanismos de sofrimento contra os animais. Aliás, a quantidade de bois
e cavalos assassinados após matarem seus torturadores já rendeu até canção a um
boi que entrou na história: Furacao, o touro assassino. Conheçam... </span>https://www.youtube.com/watch?v=EEVoHMwOOh8 </b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>***</b></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-8206356359455076792016-06-13T11:03:00.002-03:002016-06-13T11:03:06.998-03:00Réi Da Traíra - Crônica * Antonio Cabral Filho - RJ<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;">Réi da Traíra<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1igPgBoCSE6AERJxYi3stk5pMXNIwxjxcRr7BBCrN6-JSJItIz-CvHmIJzX7xsyA8nLmhclhSHt4QX-CAf5zqKg1l7vjr5pEOyYghmozv8-bHnIoXzX99NDadmm4brkqOJTqcZZMBG0s/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1igPgBoCSE6AERJxYi3stk5pMXNIwxjxcRr7BBCrN6-JSJItIz-CvHmIJzX7xsyA8nLmhclhSHt4QX-CAf5zqKg1l7vjr5pEOyYghmozv8-bHnIoXzX99NDadmm4brkqOJTqcZZMBG0s/s320/images.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Conheci hoje o mais novo morador do Méier. É um angolano de meia idade
com curso superior em agronomia feito em Cuba. Veio parar no Brasil atraído
pelo crescimento do emprego no setor do agronegócio brasileiro. Seu contato com
tudo isso se deu através dos acordos bilaterais Angola-Cuba-Brasil, que a
oposição golpista brasileira chama de Conexão Comunista Dilma-Fidel. Está
morando num cortiço típico da periferia carioca, um daqueles casarões antigos,
com alguma característica de moradia digna, mas que no fundo-no fundo, era casa
de capataz com porão para escravos. Segundo ele, um dos cantos do porão foi
transformado em banheiro, para uso coletivo e que se você quiser levar uma
“companhéra”, pode sofrer constrangimento.<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Bom, cheguei a “tudo isso” porque após descer do ônibus na Rua
Guilhermina, parei em um bar, cujo nome pareceu-me Bar do Tchuck, aquele boneco
assassino, e perguntei onde ficava um restaurante muito famoso no bairro
especializado em camarão e ouvi a expressão o “réi da traíra?”, notando logo se
tratar de algum africano das ex colônias portuguesas, e ao fitá-lo, agradeci e
puxei conversa. Nosso papo se prolongou sobre Angola, Agostinho Neto – que era
médico e cuidou dele e de sua família no meio da guerra de libertação, de Fidel
– que ele considera seu segundo pai, por ter trazido ele e centenas de outros
angolanos ainda adolescentes para Cuba, posto em escola tipo internato, dado
estudo e formação superior, capacitando-o a concorrer no mercado de trabalho em
qualquer lugar do mundo, Dilma e o golpe, golpe de assaltantes, segundo ele,
que não vê nisso mais do que um assalto típico de marginais à caça de prendas.<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b> Mas ao lhe indagar sobre o
referido restaurante, tive uma incrível surpresa: ele sabia coisas sobre o
restaurante além do que apenas como uma casa onde se servia iguarias da água
doce. E começou a desfolhar a sua história. Disse que, segundo informa o
noticiário carioca de 2007, o fundador
do “réi da traíra” chamava-se Chico da Silva Nunes, era um português, viera
para o Brasil há 50 anos, tinha 75 de idade, nascera em Santa Maria da Feira, Portugal,
fora sapateiro e dono de oficina, que há 25 anos entrara para o ramo de
restaurantes, abrindo a casa rei da traíra na Praia da Pica, Ilha do
Governador, vindo a se tornar referência
no segmento, que ficara viúvo há oito anos e tinha um filho adotivo, chamado
tonho forjado, seu algoz. Segundo o mais
novo morador do Méier, quem está se deliciando agora com uma iguaria dessa
casa, na “verdade está a alimentar um assassêino”,
que jamais fez jus a vida que seu pai adotivo lhe concedera.<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Ele fez essas considerações e sacou de uma revista do jornal que diz no
seu epíteto ser “o maior jornal do país” um laptop, abriu e forneceu-me os
links a seguir:<o:p></o:p></b></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>1 – </b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">O Dia</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">http://odia.ig.com.br/portal/rio/empres%C3%A1rio-%C3%A9-preso-por-matar-o-pr%C3%B3prio-pai-1.231144 </span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">&</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">O Globo</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/07/dono-do-rei-do-bacalhau-e-transferido-para-polinter-e-diz-ser-inocente.html </span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">&</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">JUSBRASIL</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">http://tj-rj.jusbrasil.com.br/noticias/2644434/filho-do-rei-do-bacalhau-e-seu-comparsa-irao-a-juri-popular</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">&</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Diário de Notícias - Portugal</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">http://www.dn.pt/arquivo/2007/interior/rei-do-bacalhau-morto-no-rio-de-janeiro-984832.html </span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Foi a partir destas fontes que eu pude entender o que ele queria informar e ao cabo das contas, concordo com ele.</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">*</span></b></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-79165649672403017362016-06-05T12:47:00.001-03:002016-06-30T11:36:24.508-03:00Cotidiano Carioca - Crônica * Antonio Cabral Filho - RJ<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Cotidiano Carioca</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcILYOlyywkifnmyvMB-UBoyE7X2BraF7mEOLWTxl7cBJpqYslxQumM2GTEiOc87b7bdU0QrSN9kuTF9lXffqYq7dSadw7pRybLC_mpdWr3EjoY9UTbsyG5sNjzIFqtuHZV_U9_xs2OWk/s1600/digitalizar0005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcILYOlyywkifnmyvMB-UBoyE7X2BraF7mEOLWTxl7cBJpqYslxQumM2GTEiOc87b7bdU0QrSN9kuTF9lXffqYq7dSadw7pRybLC_mpdWr3EjoY9UTbsyG5sNjzIFqtuHZV_U9_xs2OWk/s320/digitalizar0005.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
- Parte da capa do Jornal do Recreio -</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;">***</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 18.0pt;">Cotidiano Carioca - Cônica<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Existem dois Rios de Janeiro: o anterior
ao Repórter Genilson Araújo e o pós. Essa é uma realidade tão cruel que quando
qualquer carioca aficcionado à informação quente sobre a cidade deseja saber
das últimas, busca logo a estação na qual ele atua.<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Às vezes estamos subindo a “Brasil” e
notamos que o trânsito está muito lento, se arrastando rumo à Baixada, naquele
ritmo tartaruga, e ligamos o rádio, exatamente na estação em que atua o
Repórter Aéreo Genilson Araújo e mais do que rápido recebemos as notícias de
como está a situação, seja do trânsito seja da cidade, se houve um acidente ou
um confronto polícia - bandido em algum lugar da nossa rota.<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Às vezes há um nevoeiro baixo, na
primeira parte da manhã, daqueles bem densos, que retêm motoristas de todo
tipo, e a cidade vira um caos sob águas, que na maioria das vezes gera um dos
maiores transtornos das nossas manhãs. Mas o carioca liga o rádio e recebe a
notícia quentinha com uma voz satisfeita, às vezes alegre, que lhe explica as
razões do nevoeiro e até como será o seu dia, se terá um raiozinho de sol,
tempo nublado ou tempestade. Aí, a maioria dos cariocas saem para o trabalho
com aquela sensação confiante, pois foi o Genilson Araújo quem disse, lá dos
altos do seu helicóptero da rede tantantam...<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Esse repórter aéreo já saiu do anonimato
tipo “invisível”. Genilson Araújo, hoje, se for à padaria da esquina de alguma
rua da Freguesia em Jacarepaguá, comprar o seu pão para o desjejum, certamente
receberá beijos das suas vizinhas e abraços dos mais desvairados tipos, como
daqueles vizinhos doublê de “Beijoqueiro” que desejam “aparecer” como amigo do
maior profissional de imprensa da nossa cidade; e digo isso sem ofender a
ninguém, pois estou falando de um tipo novo de jornalismo, jornalismo quente,
em cima do fato, pois o trabalho do Genilson Araújo não é do tipo tradicional,
sentadinho numa cadeira, com um laptop à sua frente, digitando, pensando,
elaborando frases de efeito, buscando ser ilustre etc. Não. O trabalho dele é
embrenhar-se no espaço aéreo da cidade e ir rasgando nuvens até aonde esteja a
novidade, e, circulando o seu “Pavão Misterioso”, observa tudo lá embaixo e
transmite in loco para os seus ouvintes de plantão ao pé do rádio.<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Isso veio se prolongando através dos
anos, nos acostumando com a sua linguagem, com o seu estilo altissonante de
comunicar os fatos. Mas até então conhecíamos um Genilson Araújo virtual, sem a
escultura da forma humana, sem rosto, sem imagem que pudesse nos mostrar quem
era a persona, sem um perfil físico daquela personalidade, até que um programa
de TV matutino, desses cheios de informesinhos adocicados de toda manhã decidiu
chamá-lo para dar um tom mais consistente ao mesmo, e eis que surge diante de
nós esse caboclo sorridente, parrudo, afável até no visual, ostentando sua
calvície “tipo calo de coxa” e toma conta da audiência. É claro que resultou
num tremendo enriquecimento de nosso desjejum informativo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Infelizmente, não posso dar-me o
desprazer de promover uma rede de comunicação inimiga do meu país, a serviço de
interesses escusos, mas ela é conhecida pelo barulho de sua vinheta e faz um
som parecido com plimplim, e o nome do referido programa seria algo como um
cumprimento à cidade na primeira parte do dia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Quero encerrar minhas digressões sobre o
repórter aéreo carioca Genilson Araújo externando a minha satisfação com a
grandeza com que realiza o seu trabalho jornalístico, com a energia com que se
dedica – ainda – a dar aulas de jornalismo há dezessete anos numa universidade
local, com a sua desenvoltura em encontrar tempo para expressar-se por inteiro
escrevendo livro sobre sua experiência, enfim, em se dispor a dar entrevista a
humildes jornais de bairro, como fez recentemente com o Jornal do Recreio
edição número 73 e pelo brilhante trabalho fotográfico que já realizou durante
seus vôos cotidianos.</span></b><br />
<b><span style="font-size: 14.0pt;">De todas as suas fotos que conheço, a que mais me emociona é esta:</span></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM5xOubDhm37xK_s8CxODeG2dkRnSK4DfbQDl1cnPzlzMQYuhG6l8YCtqgY4oHfKrbqbXN-V7545PceMGcgHzTeTT4gOLkOkPkSLGe_Rxc5v2T_95EHKOVJqyFkilg5Xm2q_tISWNDkQ4/s1600/ARAUJO.G.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM5xOubDhm37xK_s8CxODeG2dkRnSK4DfbQDl1cnPzlzMQYuhG6l8YCtqgY4oHfKrbqbXN-V7545PceMGcgHzTeTT4gOLkOkPkSLGe_Rxc5v2T_95EHKOVJqyFkilg5Xm2q_tISWNDkQ4/s400/ARAUJO.G.jpg" width="400" /></a></div>
<b><span style="font-size: 14.0pt;">*</span></b></div>
</div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-75427231153838060112016-05-19T03:27:00.001-03:002016-05-19T03:30:29.499-03:00Coisa Séria Meus Amigos - Crônica * Antonio Cabral Filho - RJ<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">***</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyL2TeIB7K92XYiSln-CSyBZQYlDxMVxOUtF-7maxIHUY_UEEcGxby9rtnifwOoCwYshnXOkSShyphenhyphenb6NO5kBDDhcG4kR7d9nz-eKPwqWvw5483cc9WoZAKK69tVU7Yoe0jl1kufjB-IM4U/s1600/digitalizar0016.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="258" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyL2TeIB7K92XYiSln-CSyBZQYlDxMVxOUtF-7maxIHUY_UEEcGxby9rtnifwOoCwYshnXOkSShyphenhyphenb6NO5kBDDhcG4kR7d9nz-eKPwqWvw5483cc9WoZAKK69tVU7Yoe0jl1kufjB-IM4U/s320/digitalizar0016.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;">*</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-outline-level: 1; text-align: center;">
<b><span style="font-size: 18.0pt;">Coisa
Séria Meus Amigos<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-outline-level: 1; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Ontem, de passagem pelo Recreio, fui visitar um amigo treiteiro em
diagramação; chamei-o pelo zape e fiquei sabendo que estava lá na Prainha. Como
é ali perto, combinamos que ele viria rápido para nos entendermos sobre uns
truques. <o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Enquanto isso, dei uma chegada no Terreirão pra falar com outro amigo
sobre o conserto de duas impressoras. Para lubrificarmos as palavras, fomos ao
Bar do Zé, um ex-criador de gado do local. Ele fez do seu antigo curral um
barracão espaçoso, com o chão forrado de tijolinhos maciços avermelhados,
encheu de mesa e dá-lhe salgados, gelada a rodo e música nordestina. O mais
interessante é que nem o cercado de madeira lavrada do antigo curral ele mudou: mantém o curral do mesmo jeito; só trocou o gado... </b><br />
<b><br /></b>
<b>Mas não há quem não
entre: é para beber água de moringa grátis,
com caneca de alumínio; é para tomar uma branquinha do barril ou do
litrão; é para comer uma sardinha crocante; ou um pastel de queijo ou de
torresmo ou de tripa de galinha e lá vai... Certo é que o Bar do Zé ou melhor o
Barracão do Zé não pára. E convidou-me para os forrós nos fins de semana.<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Mas durante a minha conversa com o Tuta, meu técnico em impressoras, um
blablablá ao nosso lado nos causou “espéci”. É que dois sujeitos desses tipos
bandoleiros, bem peões de trecho iguaizinhos a esses das obras olímpicas,
vindos ninguém sabe de onde, pra onde vão ninguém quer saber, travavam um duelo
de sangue contra uma matéria num jornal de bairro, aliás Jornal Do Recreio,
sobre um canabiscultor. É que o cara em questão cultiva a erva maldita no
terraço aonde mora, e foi descoberto pela “dura”, o que levou-o à cadeia. Truta
pra lá rolo pra cá, findou inocentado e os dois compas estavam coléricos com o
assunto “ – Onde já se viu, plantar maconha no terraço e ainda ser solto,
inocentado, entrevistado na mídia, promovido a herói e lançar livro contando
estória!” Mas o outro retrucava: “Qué isso Lé! Né tão grave assim não. Vai ver
o dito-cujo é cientista e prova que maconha faz bem”. “Claro! Respondeu o Lé, aumenta
o tabagismo, vende mais remédio, enche os hospitais de tuberculosos, cancerosos
e o que mais?! Isso é um abuso! Só mesmo neste país de bundinhas, aonde um
bonde de playboys dá golpe no governo e ninguém dá nem um tiro! Vai dar golpe
lá em casa, vai!! Vai virar peneiraaaaaaaaa!!!!” <o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b> O riso deles se espalhava no
salão e como de praxe ninguém está ligando para conversa de butiquim, até que o
Lé pegou o jornal e saiu mostrando a todos dentro do recinto. Aí alguém gritou
que conhecia “esse safado, esse racista filho da puta, que humilha os
funcionários do condomínio e faz escândalo contra os vizinhos sem razão
nenhuma, sem mais nem porquê.” E outro acrescentar: “Ele mora ali, oh! Naquele
predião ali, é amigo de todo tipo de vagabundo, civil, militar, político,
juiz.. Por isso é que ele foi absolvido. Pranta maconha pra tu vê só...” Aí o
assunto virou uma roda de bata-papo, com um monte de gente sentando a ripa no
sujeito, gargalhando por ele ter sofrido apenas três meses de detenção e
pagamento de 12 cestas básicas para o INCA. “É mole?!”, gritavam, mostrando o
jornal uns para os outros. “Se eu não pagar esta pinga, o Zé manda a “meliça”
atrás de mim, né Zé?!”, escrachava um mulato sujo de cimento. O colega do Lé
argumentava que tá liberado e todo mundo fuma. É no metrô, no trem, no BRT, nos
ônibus, nas praças e daqui há pouco vão fumar “na tua cara” e tu não pode fazer
nada, porque os “home” estão arregados. Só eu e você que estamos por fora...”<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Bom, sei que ao sair de lá, fiquei devidamente informado sobre a
história do Gustavo Rossi, o plantador de canabis do Recreio dos Bandeirantes,
que foi inocentado pela justiça com a alegação sustentada por seu advogado de
que <st1:metricconverter productid="108 pés" w:st="on">108 pés</st1:metricconverter>
de maconha eram para consumo individual, com tudo explicado tintim-por-tintim
no seu livro Jardim Em Chamas. Sua resposta a uma pergunta do jornal sobre
tanta maconha: “Iria fumar tudo aquilo? Ele: Sim.” <o:p></o:p></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3705928966029232582.post-61278863631676408042016-03-24T19:16:00.000-03:002016-04-25T00:16:18.855-03:00No Escurinho Do Cine Vaz Lobo * Antonio Cabral Filho - Rj <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>No Escurinho Do Cine Vaz Lobo</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKzAxhntLuHKrrdqv7ZbfviCJyvz5i02M1AFa4OxpTCsHPJ74jBOfBMeT2vnzKC-bIgq9OXfZLC8BW8oFe25Zmtl5b5QCsrNziu5BXXvNFZRDDL-0G4ufoJU9E7jy7-pb5FZ6ZNuLV2UM/s1600/art-deco_rua-vaz-lobo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKzAxhntLuHKrrdqv7ZbfviCJyvz5i02M1AFa4OxpTCsHPJ74jBOfBMeT2vnzKC-bIgq9OXfZLC8BW8oFe25Zmtl5b5QCsrNziu5BXXvNFZRDDL-0G4ufoJU9E7jy7-pb5FZ6ZNuLV2UM/s320/art-deco_rua-vaz-lobo.jpg" width="320" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Antonio Cabral Filho - RJ</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: 18pt;"><b>*</b></span></div>
<div align="center" class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: 18pt;"><b>Sem nostalgia
barata, mas falar de cinema sem citar Rita Lee é ignorar sua presença de
tremendona psicodélica espargindo lirismo através do tempo, e quem quiser ouvir
No Escurinho do Cinema, acesse...https://www.youtube.com/watch?v=fx5hbtk5-EM ;
como não dá pra passar ao largo de outro ícone do cinefilismo brasileiro, Moacy
Cirne, senhor de muitas peculiaridades, tais como professor de semiologia na
UFF, pesquisador de história em quadrinhos, autor e co-autor de inúmeros livros
sobre o assunto, poeta e vanguardeiro do poema - processo, cinéfilo incurável</b></span></div>
<div align="center" class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: 13.5pt;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ0jWmRFovItTTmzFFRohykK0qAI3orA7wnmRxHDyjU2CqRmBTBLWav5ZRpctAsk2kqrFlnWEnh-d_fdAKhKNOr3OXnH94mv5KCWxv1S1TjH0zQEE6_-xdumoD-JYol09JPbS2M1HSdWQ/s1600/cirne.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ0jWmRFovItTTmzFFRohykK0qAI3orA7wnmRxHDyjU2CqRmBTBLWav5ZRpctAsk2kqrFlnWEnh-d_fdAKhKNOr3OXnH94mv5KCWxv1S1TjH0zQEE6_-xdumoD-JYol09JPbS2M1HSdWQ/s320/cirne.jpg" width="320" /></b></a></div>
<br />
<div align="center" class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-size: 18pt;"> e acima de
tudo, meu amigo.</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: 18pt;"><b>Ele tinha um
método todo próprio de promover os filmes de sua predileção, que consistia em
dar aos amigos a tarefa de elaborar, cada um, a sua lista de até dez filmes
preferidos. Depois ele escolhia os mais citados e publicava no Balaio InComum.
Às vezes, ele fazia também um levantamento entre os segundos e terceiros
lugares e lá se ia o Balaio InComum edições extras para as mãos da galera.<o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: 18pt;"><b>Certa vez,
pediu-me ele, pela enésima vez, que fizesse mais uma lista e resolvi encalacrar
o meio de campo dele, citando um filme desconhecido do grande público, um filme
quase documentário, chamado Actas de Marúsia, que aborda a superexploração do
trabalho nas minas do Chile durante a virada do Século XX, suas dificuldades
para negociar com os patrões, suas fraquezas organizacionais, paralisações,
tumultos, sabotagens e greves, resultando nos costumeiros massacres de
operários do nosso continente. Quando lhe passei a lista, na Cantina do
DCE-Uff, ele se pôs a lê-la e, subitamente, arregalou seus grandes olhos para
mim, querendo saber como eu conhecia aquele filme, uma vez que ele era proibido
no Brasil. Ah! Aí é que tá, disse-lhe e continuei lembrando-o dos áureos tempos
do Cine Ricamar, no Lido, quando recebíamos umas filipetas nos locais de
trabalho que eram panfletadas em Copacabana por uns rapazes e moças hipies
anunciando filmes proibidos lá nos confins da madrugada. <o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: 18pt;"><b>Foi um tempo nada
fácil. Geralmente guardávamos as filipetas com todo cuidado, por tratar-se de
“filmes proibidos” e, às vezes, pedíamos aos panfleteiros mais algumas e
convidávamos os amigos, colegas de trabalho, namoradas etc e formávamos turmas
para ao cinema burlando a censura da ditadura militar. Assim é que nos
informávamos sobre os outros países, do continente ou não e fazíamos contato
com os movimentos sociais pelo mundo a fora, pois era rara a ocasião em que não
pintasse uma publicação clandestina.<o:p></o:p></b></span></div>
<div align="center" class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: 18pt;"><b><br /></b></span></div>
<div align="center" class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: 18pt;"><b>Bom, fiz essa viagem para lhes convidar a conhecer um pouco da história de uma sala de cinema de bela memória na periferia do Rio de Janeiro, o Cine Vaz Lobo, em Vaz Lobo, bairro suburbano da cidade maravilhosa, fundado em 1941 pelo imigrante português Antonio Mendes</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvfG242ubcOiNsEOMqhnG7YsRM5DD5mWAX4tKxAUpCNLuG1aExwPaq4xOqYFmVJme0kJvI__CEnLzY2l1j3pXdSiXbo6xNvIRdxD8cCsSIrP4NYtjzVw1b5a10dgEdPwzS-M5MtRop-b0/s1600/antoniomendes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvfG242ubcOiNsEOMqhnG7YsRM5DD5mWAX4tKxAUpCNLuG1aExwPaq4xOqYFmVJme0kJvI__CEnLzY2l1j3pXdSiXbo6xNvIRdxD8cCsSIrP4NYtjzVw1b5a10dgEdPwzS-M5MtRop-b0/s320/antoniomendes.jpg" width="216" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>*</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Cine Vaz Lobo no Youtube</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>https://www.youtube.com/watch?v=GYEz9QxdVas </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>*</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>O bairro de Vaz Lobo fica na zona norte, entre o morro do Sapê e a Serrinha. Em meados do século XIX era uma extensa área rural com grandes chácaras de produção agrícola. No início do século XX a região evoluiu para importante polo comercial e social, e o Largo de Vaz Lobo desponto como seu centro aglutinador, sobretudo quando tornou-se o entroncamento dos bondes elétricos, que em 1928 passaram a ligar Madureira a Irajá, e em 1937 à Penha, fazendo surgir escolas e outros equipamentos sociais. Cabe ressaltar que entre 1906 e 1920 o crescimento populacional atingiu a marca de 263% e no final da década de 30 o Largo de Vaz Lobo tornava-se o eixo de toda a região. É nesse cenário que surge o Cine Vaz Lobo. Em 1939 o imigrante português Antonio Mendes Monteiro adquiriu uma área triangular junto ao Largo de Vaz Lobo situada entre a atual Avenida Vicente de Carvalho e Rua Oliveira Figueiredo, onde construiu uma sala de projeção em estilo Art Déco tardio com capacidade para 1800 lugares, conhecida por sua disposição arquitetônica com o maior espaço construí do sem colunas pelo meio do salão. Isso veio a ressaltar e valorizar o local, que teve inauguração de gala, </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgenMziAMciRRhoh-wkAezOdT4TNM7dLfxtCbfvlsWk2uSJfNn2j9W76Attkx40aeazu_X4EO5BJI3eNDx1tXfKazu23WeCsMqE1jzx4v8r7oDAQFm4ertJm64pvFfLyAyD631oaqVUiJE/s1600/inauguracao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgenMziAMciRRhoh-wkAezOdT4TNM7dLfxtCbfvlsWk2uSJfNn2j9W76Attkx40aeazu_X4EO5BJI3eNDx1tXfKazu23WeCsMqE1jzx4v8r7oDAQFm4ertJm64pvFfLyAyD631oaqVUiJE/s320/inauguracao.jpg" width="320" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>em 05 de janeiro de 1941 com a presença da ilustre primeira dama da República Dona Darcy Vargas. A partir daí, o Cine Vaz Lobo liderou com folga até à década de 60 as atenções da elite política e cultural dada a relevância de sua programação, sediando grandes eventos.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Mas com a decadência das salas de projeção localizadas na rua a partir da década de 70, sua resistência esgotou-se em 1986, quando teve suas portas encerradas. Sua preservação se deu graças ao espírito aguerrido do patriarca Mendes Monteiro, que no entanto veio a falecer em 2009 instaurando as indefinições quanto ao imóvel. Além disso, o rolo compressor do Projeto Transcarioca do Prefeito Eduardo Paes tinha na mira o Cine Vaz Lobo, que seria demolido para dar lugar a uma praça. Felizmente, salvou-o a mobilização popular, envolvendo comunidade, pesquisadores, a rádio Bicuda FM, o IHGBI, - Instituto Histórico e Geográfico do Bairro de Irajá, o Movimento Cine Vaz Lobo, estudantes e professores, que através de forte atuação conseguiram convencer as autoridades da importância histórica e cultural do imóvel, levando ao seu tombamento e ao compromisso de transformá-lo em centro cultural dedicado às artes cênicas e ao audiovisual. Em 2014 o Prefeito Eduardo Paes promulgou o seu tombamento, junto com mais uma relação de outros cines, porém sem efeitos reais até agora. Não surpreende esse comportamento advindo do prefeito, que tem altos envolvimentos com a indústria imobiliária, protelando o atendimento aos interesses da comunidade, que vem denunciando articulações de empresas do setor de alimentos, pleiteando o imóvel para instalar supermercado.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>No entanto, hoje, 24 de março de 2016, fui surpreendido por minha filha, que passou em frente ao prédio e viu escrito lá no alto Cine Vaz Lobo e, ao chegar em casa, empreendeu várias buscas para descobrir algo sobe o mesmo, e quando comecei a lhe falar sobre ele, ela se irritou, chamando-me de biblioteca ambulante, poço de cultura e outros "elogios" menos consideráveis. Espero que aqueles "poços de cultura" que lerem esta crônica sitam-se informados o suficiente para acompanharem a situação das salas de cinema de rua e sua revitalização. Encerro dedicando este esforço à minha filha, Ana Maria Brito Cabral, por descobrir o Cine Vaz Lobo e se surpreender com o estado de abandono em que se encontra o prédio.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTZG37Posy9vx8yokmHKLytxw9pp3oCvzpTG-3BgklQdoG18to-3bH5cGMfn0UL82MuKlkYz20fscuQE9Me_VbgKIbStYK-HpssyzER3ckuZL3WaBErAk41tuW7NafyNHHNpiYCZYsVDU/s1600/download.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTZG37Posy9vx8yokmHKLytxw9pp3oCvzpTG-3BgklQdoG18to-3bH5cGMfn0UL82MuKlkYz20fscuQE9Me_VbgKIbStYK-HpssyzER3ckuZL3WaBErAk41tuW7NafyNHHNpiYCZYsVDU/s320/download.png" width="320" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Logo do Movimento Cine Vaz Lobo</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>*</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Equipes do Movimento </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Cine Vaz Lobo</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_eGaG7sPuSwfy0VM0P0wDgKSu0pBVLlFl2r8RU6CAk5-Tp9CyGomeJsFRX3A7xlFRiAgHiUtg4E5fkLKLWL43i3pyrxVdVi1QBsjiC_AmoJvX4Su0MjRYuDZtUChlcxcFCH1hDMP9Dl8/s1600/grupo-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_eGaG7sPuSwfy0VM0P0wDgKSu0pBVLlFl2r8RU6CAk5-Tp9CyGomeJsFRX3A7xlFRiAgHiUtg4E5fkLKLWL43i3pyrxVdVi1QBsjiC_AmoJvX4Su0MjRYuDZtUChlcxcFCH1hDMP9Dl8/s320/grupo-2.jpg" width="320" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>&</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsnx-pjVm-OtIudSL-UZnAqXhhW-psWJwc7YDuruLzB1U4ieqZqHqvoNYpzRnl37TNlBpVbv5hQ9oKbC0cta44yxframW0EzBxon5UAO7Dvy5youaNdvMzRMs92YCYXN5LRWI9MldUsrI/s1600/grupo2010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsnx-pjVm-OtIudSL-UZnAqXhhW-psWJwc7YDuruLzB1U4ieqZqHqvoNYpzRnl37TNlBpVbv5hQ9oKbC0cta44yxframW0EzBxon5UAO7Dvy5youaNdvMzRMs92YCYXN5LRWI9MldUsrI/s320/grupo2010.jpg" width="320" /></b></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>***</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Fontes:</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>1 - http://www.resenha-digital-ihgbi.blogspot.com.br/ </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>2 - http://vozerio.org.br/Vaz-Lobo-quer-reprise-do-seu </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>3 - http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/fotos/movimento-cine-vaz-lobo-altera-o-tracado-da-transcarioca-20120630-10.html </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>4 - http://oglobo.globo.com/rio/os-cinemas-que-fugiram-ao-roteiro-de-destruicao-10736785 </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>5 - http://www.soniarabello.com.br/vaz-lobo-cine-vaz-lobo-um-exemplo-de-resistencia/ </b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>***</b></span></div>
Antonio Cabral Filhohttp://www.blogger.com/profile/14485993224991464736noreply@blogger.com0