m
Crônicas Lusófonas
Em 2012 eu estava desenvolvendo pesquisas sobre literatura de língua portuguesa e seus alcances, buscando compreender até aonde ela chegava, e nessa busca descobri o site Cá Estamos Nós - Portal CEN. Assim, sem ter uma ideia de suas dimensões, enviei um e-mail, todo desajeitado, sem saber, sequer, se teria resposta. A mensagem foi parar na secretaria do Portal CEN e recebi uma proposta de filiação, na prática uma entrevista, aonde o candidato vai respondendo tudo, sobre si e suas aspirações.
Como bom mineiro, não me fiz de rogado: larguei o verbo! Respondi a todo tipo de questão colocada, sem medo nem pretensão de "fazer tipo". Ou seja, me coloquei realisticamente, sem bisbilhotar as posições estetico-filosóficas em questão. Ao findar, disse cá com meus botões: das duas uma, ou calça de veludo ou tudo de fora!
Mas para minha surpresa, a resposta veio imediata, convidando a enviar trabalhos, resumo biográfico, fotos, capas de livros, pois seria feita uma página com diversas divisões expondo o meu material. Sinceramente, senti-me homerizado, pois uma dádiva dessas fora do Brasil, e logo em Portugal - para mim, basta na Europa - a Pátria da minha língua, Terra de Camões, o centro de uma das literaturas mais fortes de todo o mundo, era sim um sonho que estava se realizando.
Não se passaram três dias e a conclusão do trabalho foi postada em meu e-mail, fornecendo orientações para fazer a divulgação, o que deixou-me eufórico, e pus-me a remeter o link principal da página a milhares de amigos, não só no Brasil, mas também em todo o mundo da lusofonia, uma vez que através da minha pesquisa em andamento, aproveitava para fechar contatos, fazer amigos, estabelecer ligações com as pessoas, instituições e projetos com pontos de identidade comuns. Isso se prolongou, pois algumas pessoas em África, principalmente, reproduziram a divulgação e ainda hoje recebo e-mails de novos contatos buscando intercâmbio comigo sobre a promoção cultural no Brasil.
Mas uma vez refeito do primeiro contato, fui conhecer o Portal CEN na essência, e pude perceber que não se tratava de apenas um troca-troca de poemas, livros, textos e informações, como acontece com a maioria, mas um verdadeiro centro de pesquisa e circulação de ideias e projetos, todos dedicados à Lusofonia no seu conjunto, envolvendo literatura, história, cultura, com edição e circulação encadeadas, tudo ocorrendo em sincronia, e sob a batuta de uma pessoa extremamente dedicada, chamada Carlos Leite ribeiro, um pioneiro da integração dos valores da cultura lusófona.
Nesse momento, a minha curiosidade se acendeu e fui tentar entender quais as aspirações desse senhor, por que se dedicar de corpo e alma à promoção de algo tão complexo, como a Cultura Lusófona. Inicialmente pensei que o Senhor Carlos Leite Ribeiro fosse mais um desses lunáticos apolipticos que querem agarrar o mundo à unha, sem ter a menor noção das suas complexidades e acabam dando com os burros n'água, deprimido e abandonado na beira da estrada das utopias. Mas que nada! Aos poucos fui descobrindo suas pesquisas, seus textos, sua força de propósitos, ou seja, seu Ideal: a promoção da Lusofonia, em toda a sua completude.
De 2012 até agora, não pude fazer muito pelo Portal CEN, além de colaborar com a divulgação, tanto dos projetos como das obras realizadas. Mas tenho me disponibilizado com meus parcos recursos, seja divulgando a minha página seja repassando as informações que me chegam, para conduzir mais amigos ao Portal CEN, na esperança de que cada aniversário seu seja uma festa de realização. Por isso, neste 18º Ano do Portal CEN espero que seu Fundador e Presidente Carlos Leite Ribeiro se veja como um homem realizado, propulsor de uma obra que não gostaria de ver largada de lado, mas fortalecida pelos esforços de mais CONDUTORES com a verve e a noção de rumo do seu inspirador. Por isso, quero deixar aqui o convite para que me visitem no Portal CEN à Página Antonio Cabral Filho ... http://www.caestamosnos.org/autores/autores_a/Antonio_Cabral_Filho.htm
e venham se juntar a esta jornada de conquistas culturais.