domingo, 4 de setembro de 2016

Drogas Norteamericanas Contra o Comunismo * Antonio Cabral Filho - Rj

Drogas Norteamericanas Contra o Comunismo
Sabe-se publicamente que os USA 
são o maior produtor de drogas do mundo. E mesmo não possuindo um só palmo de terra para produzir coca, maconha e papoula, é lá que se consome a maior parte da produção oriunda das suas colônias, localizadas na América do Sul e no Oriente. Mas é interessante observar que nenhum país não-alinhado com o Tio Sam produza drogas, pelo menos na proporção de seus aliados.  É também o único país do mundo que desenvolve tecnologia de combate às drogas, e pra isso criou até um departamento chamado DEA. Mas o que mais estranha é que na maioria dos estados federados norteamericanos as drogas circulem livremente e inclusive são liberadas em alguns. Pode?
 Outra coisa que não dá para entender é por quê que quem não consome as suas drogas é tratado como inimigo da democracia, inimigo dos estados unidos, inimigo do consumismo, inimigo do mundo das oportunidades etc e passa a ser vítima de sua perseguição, que se consolida através da obrigação em aceitar refrigerantes químicos cocacola, roupas tipo jeans, cigarros tipo holliwood e prostitutas sempre louras, apresentadas como socialaites topmodels. Sem querer ofender a memória de Marilyn Monroe, mas ela representa isso. Seu rosto foi estampado na propaganda norteamericana como namoradinha de Kenedy e sonho de todo macho, geralmente trajando vestes com as cores da sua bandeira.
Isso foi o padrão até à guerra do Vietnam, após as históricas invasões de Cuba, São Domingos, Guatemala e Bolívia pra fuzilar o Chê. Só não funcionou contra o comunismo fidelista, pois o Comandante Fidel operou diretamente de seu tanque a derrubada dos aviões do Tio Sam. Essa operação entrou para a história denominada Invasão da Baia dos Porcos, e ficou registrada pela Batalha de Girón, em 1961, quando a CIA, polícia política dos USA, recrutou e treinou uma escória de cubanos anticomunistas com o objetivo de invadir Cuba e matar Fidel. Desde então a ideia virou estigma e as brigadas de assalto contrarrevolucionárias foram trocadas por ataques diretos do Governo Norteamericano através de tropas especiais, como ocorreu com Granada em 14 de outubro de 1983. A partir de então, as operações militares norteamericanas viraram seu instrumento diplomático mais eficiente. Quer um exemplo? A invasão do Iraque. Quer mais? A invasão da Líbia. Se precisar de mais, lembre-se da busca a Osama Bin Laden, no Afeganistão, com ataques a residências civis e matança indiscriminada.
Bom, mas as drogas norteamericanas veem se sofisticando e o que antes era realizado clandestinamente, agora passou para o palco e à frente dos olhos do mundo todo. Uma canecada de ayahuaska daquelas...Ninguém pode mais ignorar o papel retrógado desenvolvido pelo Tio Sam na busca do lucro. Não importam fronteiras nacionais, estado de direito, democracia, divisas nacionais, países constituídos de forma republicana, com eleições livres e diretas, constituições aprovadas inclusive com referendum popular; nada. Tudo isso é tapete para seus objetivos. Portanto, vejam a nova realidade do cone sul americano, onde países abertamente democráticos, em que  todos poderiam disputar hegemonias, são abruptamente atacados por quadrilhas formadas por nobres representantes do capital apátrida, a mais recente droga norteamericana, e golpes são efetuados com requintes de banquetes, como ocorreu na Argentina e no Brasil. Incrível é que só não funciona contra Cuba... mas o povo cubano é cubano.

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